Wizard x Mr. Wiz: Entenda a Disputa Judicial Entre o Fundador e a Própria Marca

Um dos casos mais curiosos e comentados do mercado educacional brasileiro chegou à Justiça: a disputa entre a Wizard, tradicional rede de escolas de idiomas, e o empresário Carlos Wizard Martins, fundador da própria marca. O conflito gira em torno da criação de uma nova rede de ensino chamada Mr. Wiz, lançada recentemente por Carlos Wizard, que reacendeu o debate sobre direitos de marca, concorrência desleal e identidade visual.

A Wizard, atualmente pertencente ao grupo britânico Pearson Education, entrou com uma ação judicial contra o empresário, alegando que a nova marca Mr. Wiz utilizou elementos visuais semelhantes — como cores, tipografia e conceito gráfico — que poderiam causar confusão entre os consumidores. A empresa pede indenização de cerca de R$ 1 milhão e a proibição do uso da marca Mr. Wiz no setor educacional.

Por outro lado, Carlos Wizard se defende afirmando que a nova rede tem proposta pedagógica diferente, voltada ao ensino de empreendedorismo, educação financeira e inteligência emocional, e não apenas idiomas. Ele também argumenta que o uso das cores azul e vermelha tem relação com as bandeiras dos Estados Unidos e do Reino Unido, tradicionais referências no ensino da língua inglesa.

O caso traz à tona uma importante discussão sobre limites de uso de marca após a venda de uma empresa e direitos do criador sobre sua identidade comercial. Questões como concorrência desleal, branding e propriedade intelectual ganham destaque, especialmente em um país onde muitos empreendedores acabam se afastando de suas próprias criações após negociações com grandes grupos.


Independentemente do resultado judicial, a disputa entre Wizard e Mr. Wiz se tornou um marco no mercado de franquias e educação, mostrando como o uso de marcas e identidades visuais exige cautela e planejamento jurídico estratégico.

Posso ajudar?