O engenheiro eletrônico paulistano Aldo Felício Naletto Júnior é o inventor das buzinas que empestearam o Brasil com sons de bichos, gritos e expressões não muito educadas. Corria o ano de 1994 quando ele teve seu “estalo”. “Estava preso no trânsito quando pensei: ‘Por que não ter buzinas com sons diferentes, além do bi-bi-fom-fom?’”, conta. “Eu mesmo é que gravo as vozes”, orgulha-se Naletto, que já chegou a correr atrás de cabras na Bahia para gravar os grunhidos do animal. Sempre de maneira caseira, Naletto criou sua primeira buzina, imitando a estridente risada do personagem de desenho animado Pica-Pau. “Mostrei para o meu primo e ele falou: ‘Isso é a coisa mais idiota que já vi. Você é capaz de ficar rico’”, ri o inventor, que já chegou a vender 4 mil unidades por mês. Hoje fatura cerca de R$ 60 mil por mês, em média, com suas invenções, segundo Maria Naletto, sua mulher e sócia. Antes, ele trabalhava numa empresa que produzia equipamentos médicos. Com o sucesso das buzinas, pediu demissão e montou seu negócio. Foi a primeira buzina com frases, todas sugeridas pelos perueiros: e aí gostosa?, e aí doido?, fiu-fiu+galinha+risada, oi gatinha, sai da freeente!, tem coragem?, risada maluca (ahahahahahuhuhu).
A patente PI9805148 refere-se a uma buzina eletrônica composta de uma central de efeitos sonoros, uma corneta emissora de sons e um teclado de comando, para instalação em qualquer veículo de 12V sem alterar a buzina original, contendo a central de efeitos sonoros uma memória tipo EPROM, na qual é gravado em forma digital o conjunto de sons, um micro-controlador para leitura da memória e um amplificador digital de potência, tendo uma tomada para conexão do cabo do teclado de comando e três fios para ligação respectivamente no positivo da bateria, no negativo da bateria e à corneta emissora de sons, e o teclado de comando contendo 6 botões de acionamento, cada um deles correspondendo a um som, sendo que, para acionar o sétimo som, aperta-se dois botões ao mesmo tempo.
A Pixtar Eletrônica é uma empresa originalmente dedicada à produção de acessórios eletrônicos para veículos. Com a tecnologia desenvolvida na produção de suas buzinas eletrônicas, a Pixtar começa também a expandir suas atividades para outros segmentos onde existe necessidade de soluções baratas e de qualidade para a implantação de efeitos sonoros. Fundada em 1998, a Pixtar nasceu basicamente de uma idéia original de seu fundador, o engenheiro eletrônico Aldo Naletto. Em 1994, em meio a um dos muitos congestionamentos de São Paulo, Aldo entediava-se com o bi-bi fom-fom ao seu redor quando de repente lhe veio a idéia de criar uma buzina que tivesse sons diferentes.
Em 1995 foram produzidas algumas unidades experimentais que tinham um único som. Após muitas pesquisas com novos componentes surgidos no mercado, no fim de 1997 foi criada a Pix20, a primeira buzina eletrônica com 7 sons. Em seguida, no início de 1998, foi fundada a Pixtar Eletrônica, para produzir e comercializar o novo produto. O modelo atual, Pix207, foi lançado no início de 2000, substituindo a Pix20 com diversas vantagens: memória de sons duas vezes maior, som ainda mais limpo e claro e novos recursos. Patenteada no Brasil em 1998, a buzina eletrônica vem fazendo sucesso não somente por aqui como também nos diversos países para os quais foi levada – geralmente pelas mãos de brasileiros residentes no exterior. Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia, Venezuela, Estados Unidos, Portugal, Itália, Inglaterra, Africa do Sul, Angola e Japão são alguns dos países que já conhecem e apreciam esta irreverente e divertida invenção brasileira.
“Já vendi umas 1.000 peças para o Paraguai, Portugal, Estados Unidos e até para o Japão, todas com sons de bichos”, garante. Apesar do vasto repertório, a principal fonte de inspiração do engenheiro são os perueiros. Eles é que sugerem as expressões e gírias que ganham as ruas. “Sempre evitei colocar coisas muito agressivas. Se alguém toma um tiro por causa de uma buzina minha, queima meu filme”, explica Naletto. Apesar do sucesso alcançado, Naletto sabe que incomoda muita gente com suas criações. “Nunca me hostilizaram, mas sei de algumas pessoas que se deram mal”, admite. “Já que os caras ficam se xingando no trânsito, melhor fazer isso com bom humor.”
A buzina eletrônica Pix207 é uma avançada central de efeitos sonoros, contendo 7 sons diferentes. Cada som pode ser acionado através do botão correspondente no teclado da Pix207, como no desenho abaixo (é preciso apertar dois botões ao mesmo tempo para acionar o sétimo som). Na Pix207 há diversos novos recursos: alguns sons tocam até o fim independente do tempo que o botão foi pressionado, enquanto outros são prolongados até o botão ser liberado. Veja no folheto anexo quais os sons constantes desta buzina, e experimente-os para sentir todas as possibilidades da nova série Pix207. A buzina Pix207 pode ser instalada em qualquer veículo de 12V – inclusive motocicletas. Como é controlada pelo seu próprio teclado, a Pix207 não altera a buzina original, que é item obrigatório segundo as leis de trânsito.
O primeiro passo para a instalação da Pix207 é montar a corneta. Os melhores resultados são conseguidos montando-se a corneta entre a grade frontal e o radiador, voltada para a frente. A corneta é responsável pela emissão de sons, e por isso deve ser montada na frente, sob o capô do automóvel, onde soará mais forte. A central contém o processador de controle e a memória de sons, e deve ser instalada dentro da cabine, normalmente sob o painel do veículo. O teclado, por sua vez, é fixado com Velcro no painel ou no console, em local de fácil acesso.
Fonte:
http://www.terra.com.br/istoegente/143/reportagens/aldo_naletto.htm
http://www.pixtar.com.br/
acesso em março de 2003
http://tiosamnews.spaces.live.com/blog/cns!46E85566A34CA36C!10011.entry
acesso em novembro de 2009
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