Sistema desenvolvido nos laboratórios da AT&T pelo brasileiro Roberto Satuf permite o aperfeiçoamento dos serviços de 0800. O engenheiro mineiro Roberto Satuf saiu do Brasil com destino aos EUA para concluir um curso de mestrado numa universidade norte-americana. Com o título de mestre da Universidade do Arizona, esse mineiro de 35 anos, ex-funcionário da Telemig, foi contratado pela AT&T para levar adiante um projeto de pesquisa nos Laboratórios Bell da AT&T. em Nova Jersei. Os anos de estudo resultaram numa invenção em fevereiro de 1995. No Brasil, a tecnologia empregada nas redes telefônicas, não permite a implantação desse mecanismo.
Redes de telecomunicações oferecem um número de diferentes serviços a seus assinantes. Tais serviços e suas características incluem por exemplo serviços de 0800 (distribuição automática de chamadas, enfileiramento de chamadas, anúncios interativos, etc), redes privadas VPN e serviços mais comuns de telefones antigos (espera de chamada, redirecionamento de chamadas, chamada automática, etc..). Um distribuidor (switch) numa rede de telecomunicações processa uma chamada telefônica de acordo com os serviços associados com somente uma das partes envolvidas na chamada. Por exemplo, se a parte chamada é um assinante de um serviço particular, por exemplo um serviço 0800, então o distribuidor processa a chamada de acordo com aquele serviço sem considerar os serviços de telefone assinados pela parte que está realizando a chamada. A invenção de Satuf e colaboradores provê um arranjo em que o processamento de uma chamada telefônica é compartilhado entre os serviços respectivamente compartilhados pela parte que chama e pela parte que é chamada. Mais especificamente um distribuidor de rede (switch) responsivo a uma chamada telefônica e informação associada da parte que faz a chamada identifica, como uma função da informação que faz a chamada, os processadores de serviço de rede que implementam os serviços de rede assinados pelas partes que fazem e que recebem a chamada e passa a informação de chamada para os processadores identificados. O distribuidor encaminha então a chamada e provê outras capacidades baseadas na informação que recebe de tais processadores, onde a informação é determinada como um resultado da comunicação entre si dos processadores identificados. Assim, os processadores de serviço identificados controlam o processamento da chamada de modo que possam responder a um pedido de serviço seja pela parte que faz a chamada como que pela parte chamada.
Fonte: acesso em abril de 2003
Jornal de Saõ Paulo de 17.07.95 citado por Revista Consulex, ano IV, n.46 de outubro de 200 página 13.
