Super Tucano ALX

Aeronave de baixa tecnologia é o termo usado para uma aeronave robusta, barata e fácil de manter (e não uma aeronave ultrapassada) e que pode ter alguma tecnologia integrada, mas não tecnologia de ponta. Para operações costeiras de baixa intensidade, é necessário ter sensores de vigilância que operem de dia e de noite contra ameaças pouco armadas e em uma aeronave de custos acessíveis. Esta é uma das possíveis classificações do P-29. O P-29 seria uma versão do ALX armado com as duas metralhadores .50, um casulo de sensores no cabide central da fuselagem (Radar e FLIR), combustível extra para operar em patrulhas de longa duração e adaptações para operar sobre a água.

O primeiro protótipo do Tucano voou nos primeiros meses de 1980. Sua proposta era de ser um avião de treinamento básico, o avião onde o aluno aprenderia a voar. No entanto, o Tucano revolucionou o treinamento trazendo inovações que o tornavam imbatível em sua classe: assentos ejetáveis, manete única, cabine em tandem com assentos um atrás do outro (o que acabava com a sensação de voo de treino) e, o melhor, reações e comportamento de um caça à reação. Essas inovações fizeram dele a melhor escolha para forças aéreas de 14 países, entre estas a FAB, onde ele substituiu treinadores a jato. Ainda na década de 80 a FAB decidiu investigar o potencial operacional que aparentemente o T-27 tinha para oferecer. Em 1988, a FAB e Embraer promoveram diversas experiências com o T-27 e o protótipo do Shorts S312 Tucano T Mk 1, dotado com motor Garrett TPE331-12B de 1.100 shp visando a avaliação do Tucano como aeronave anti-helicóptero (Helicopter Killer). Diversas unidades de propulsão foram testadas: variações de Pratt & Whitney PT6A e Garrett TPE331, todas indicando apreciável melhoria de desempenho, inclusive em condições de elevada temperatura, típicas do norte e nordeste do Brasil.

 

 

Em 1991 o programa JPATS – Joint Primary Aircraft Training System (Sistema Conjunto de Instrução de Aeronave Primária) da USAF e USAAF foi acelerado e, com base nos exigentes requisitos desse programa, a Embraer desenvolveu o demonstrador de conceito EMB-312H, que continuou sendo melhorado e ajustado até meados da década atual. Com o surgimento nesta década do Programa ALX – Aeronave Leve de Ataque da FAB, o EMB-312H foi sendo cogitado para ser adaptado às necessidades do programa. Finalmente em 1995 o contrato de desenvolvimento do programa foi assinado, prevendo uma encomenda de 50 aeronaves da versão monoplace e 50 da biplace.

No entanto, os requisitos do programa ALX revelaram-se ainda mais severos do que o programa JPATS. Seria uma aeronave que deveria operar nas condições adversas da selva amazônica, destinada às tarefas de interceptação e ataque de aeronaves de pequeno porte e helicópteros que estivessem carregando uma carga suspeita ou ilegal, como drogas ou armas, patrulha dos rios da bacia amazônica e destruição de focos de atividades ilícitas em terra. Após sucessivas mudanças que resultaram em melhorias surpreendentes nas áreas de grupo propulsor, características de voo, ergonomia da cabine, estrutura da célula e sistemas de ataque e defesa, entre outras não menos significativas, a aeronave não era apenas um modelo melhorado, mas uma aeronave totalmente nova, à despeito da sua aparência externa que continua bastante parecida com as versões anteriores do Tucano. Por tudo isso a aeronave ganhou uma nova denominação: EMB-314 ALX.

No dia 2 de junho de 1999 o primeiro EMB-314 ALX de produção fez seu primeiro voo. Empregando sistemas de ataque, defesa e de comunicações de última geração, o ALX será a aeronave mais avançada em atividade na FAB no que se refere a sistemas. Ele servirá basicamente às missões de aeronave de ataque leve, como já citado anteriormente, e treinador avançado na área de sistemas para as futuras gerações de caçadores da FAB.

 

Fonte: http://www.geocities.com/sistemasdearmas/p29.html

http://www.aviacaomilitarbrasil.hpg.ig.com.br/aeron/alx.htm

Acesso em março de 2002

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