Vacina Contra Hepatite B

A vacina contra hepatite B é patenteada e produzida em escala industrial desde 1995 pelo Instituto Butantan por engenharia genética. A incidência da hepatite B oscila em torno de 2% da população brasileira, mas há regiões da Amazônia onde alcança 20%. Quando acomete mulheres grávidas, há grande chance de o recém-nascido sofrer lesão irreversível do fígado. Em adultos, a lesão freqüentemente se transforma em câncer. Antes de ser abastecido pela produção do instituto, o Brasil era obrigado a comprar a vacina por US$ 8,00 a dose. Hoje, o produto já é oferecido a US$ 0,80. 

 

A fabricação de vacinas por engenharia genética pode proporcionar uma maior eficácia, custos menores e menores efeitos colaterais. Considerado mais seguro do que a produção tradicional de vacinas, o uso de biologia molecular para produção de vacinas consiste na retirada de um pedaço da molécula de DNA do agente causador da doença e inoculá-lo em outro organismo, para replicação. Desse modo, a vacina utiliza pedaços ou subunidades do vírus. Já as vacinas convencionais utilizam vírus vivos e atenuados ou inativados que, ministrados à pessoa, levam o organismo a reagir, fabricando anticorpos.

Como a incidência da doença vem aumentando no País, o Ministério da Saúde decidiu aplicar a vacina em crianças menores de um ano e adultos que compõem o grupo de risco, como profissionais da saúde, policiais, integrantes de equipes de resgate, carcereiros e outros que tenham contato com sangue e secreções corporais. 

O Prêmio Governador do Estado Invento Brasileiro, 1996, foi concedido aos pesquisadores Nikolai Granovski e Galina Dotsenko, da Fundação Butantan, pela descoberta de um Plasmídio Recombinante para Utilização na Produção de Vacina contra a Hepatite B, com financiamento da FAPESP. 

Fonte: http://www.usp.br/iea/unipub.html 
http://www.crfsp.org.br/imprensa/rf/rfedic45/destaque.htm 
http://www.byk.com.br/checkup/numero8/vacinas.htm
http://www.fapesp.br/notas271.htm 
acesso em dezembro de 2001

 

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