Preocupados com 15.000 mortes anuais em acidentes automobilísticos envolvendo caminhões, engenheiros da Unicamp projetaram um novo pára-choque traseiro que poderá evitar milhares destas fatalidades. Grande parte dos acidentes envolvendo a colisão com a traseira de caminhões acaba sendo fatal por causa do chamado “efeito guilhotina”. O carro de passeio entra por debaixo da carroceria do caminhão, vitimando seus ocupantes, mesmo em velocidades consideradas baixas para estradas.O problema ocorre porque os pára-choques traseiros dos caminhões são muito recuados em relação à carroceria. Ao contrário da maioria dos países, inclusive do Mercosul, o Brasil não possui legislação específica para normatizar o desenho e a instalação desse tipo de equipamento.
Agora pesquisadores da Unicamp lançaram um novo modelo de pára-choque que poderá evitar tantas mortes. O novo equipamento foi testado no campo de provas da GM, em Indaiatuba (SP). Nos “crash tests” foram utilizados dois veículos Corsa e dois Vectra. Os resultados foram excepcionais, mostrando que os ocupantes dos veículos não seriam vitimados. O pára-choque é um modelo não rígido, chamado “alicate”. Sua característica principal é a de não permitir que o carro entre por debaixo do caminhão, mesmo que se rompa por excesso de velocidade. Durante a colisão, todos os avanços feitos pela indústria automotiva, no sentido de máxima absorção de energia pela área apropriada do carro serão úteis. A deformação do carro na área certa diminuirá o impacto sobre os passageiros, o que é exatamente o objetivo desta absorção de energia. A Unicamp não patenteou o projeto.
Fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010170021106
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