Fazer a água de rios, nascentes ou poços chegar de forma mais eficiente e barata às propriedades rurais. Com esse desafio, o aposentado José Salvador de Carvalho começou a estudar mecanismos de funcionamento das bombas de sucção e recalque e chegou ao modelo semelhante à pulsação cardíaca, denominado Pulsor. Paralelamente, o inventor buscava solução para evitar que os hidrômetros registrem a passagem de ar quando o abstecimento é normalizado após interrupções no fornecimento, situação frequente nas cidades brasileiras, agravadas nas metrópoles. Deste projeto nasceu o dispressor eólico,que funciona como separador e é colocado na entrada do hidrômetro. O pulsor (MU8000997) e o dispressor (PI0001983) foram protocolados no INPI em janeiro e março de 2000 respectivamente. Salvador espera que até o início de 2002 o INPI emita a carta patente. Enquanto isso, Salvador faz novos testes para aperfeiçoar os sistemas e busca parceiros para desenvolver os projetos. Como aparelho inédito, o dispressor foi registrado como patente de invenção. Já o pulsor foi registrado como modelo de utilidade, pois trata-se de equipamento com funcionamento diferenciado dos disponíveis no mercado.
Aos 66 anos, com formação básica, salvador conta que é autodidata e a curiosidade aguçada o acompanha desde os 12 anos quando fez a primeira instalação elétrica. Mineiro, morando há 7 anos em Campo Grande, o inventor é ambicioso e acredita que seu pulsor pode ser a solução para amenizar os problemas de falta de água na região Nordeste. “Apesar da rusticidade, funciona”, afirma Salvador, demonstrando o sistema no protótipo, ainda rudimentar, usado para divulgar a idéia. Se na prática o aparelho precisa ser lapidado, no projeto tem cada detalhe programado, inclusive com alternativas mais econômicas de energia, como a solar. O modelo registrado no INPI, segundo o inventor, pode ser acionado por motor elétrico, roda d´agua ou catavento. Desenvolvido com capacidade para retirar 50 mil a 70 mil litros de água por dia, o pulsor pode ser produzido em dimensões variadas, o que facilitaria a utilização da bomba em comunidades rurais, para irrigação de lavouras, por exemplo. O equipamento é capaz de sugar a água, por meio de canos, a até 20 metros de profundidade. Segundo o inventor, a principal vantagem do pulsor é o baixo custo de manutenção, que não exige conhecimentos técnicos.
“Qualquer pessoa pode colocar o pulsor para funcionar”, afirma Salvador, explicando que o mecanismo simples não tem recuperação e exige a substituição do aparelho em caso de pane. Ele diz que o invento funciona por cerca de três anos. Ele estima que os custos sejam equivalentes aos similares, na faixa de R$1,5 mil, dependendo da montagem e do tipo de energia utilizado, com o diferencial de evitar despesas com reparos. Com a idéia do dispressor concebida, salvador apresentou o projeto ao departamento de águas do Estado, que reprovou o modelo pela incapacidade de fazer a separação da água e do ar, liberados juntos pelo encanamento ao restabelecer o fornecimento. De volta aos estudos, o inventor solucionou o problema com a instalação de uma bóia e a adequação do sistema, que elimina o ar antes da passagem pelo hidrômetro. “os testes indicam a eficiência do aparelho”, garante José Salvador de Carvalho, ressaltando que para chegar aos materiais mais indicados e ao modelo final para comercialização são necessárias avaliações mais rigorosas, que demandam equipamentos e recursos que não dispõe.
O pulsor-bomba funciona com um sistema de válvula de retenção, com uma borracha utilizada como diafragma de bombeamento, e, segundo Salvador pode ser impulsionada por qualquer tipo de energia. O inventor explica que através de um cavalete ele pode ser acionado em roda d’água de até dois metros de altura, com utilidade agrária e movida através do sistema de eletrificação rural.“Quando falo da idéia as pessoas querem saber mais e pedem uma demonstração, mas sem o protótipo é impossível”, conta o inventor, lembrando da frustração de ter ido a São Paulo e Maringá, mas não conseguiu mostrar seu invento. O projeto de Salvador foi encaminhado pelo Sebrae/MS à Incubadora Tecnológica da Uniderp que emitiu parecer assinado pelo coordenador –geral Emerson Augusto Miotto Corazza, dizendo que a idéia é original e viável tecnicamente. A nota diz ainda que o pulsor-bomba teria finalidade também como equipamento hospitalar ou até mesmo de uso humano. Para efetivar essas variações seriam necessárias pesquisas. O Sebrae/MS já apoiou o inventor através de participação em feiras como a dos Inventores de Santa Catarina e também na Feipan. “O Sebrae me ajudou muito com a ida às feiras e também me encaminhou para a incubadora”, diz Salvador, que vai continuar com suas demonstrações para conseguir os recursos que permitam a execução do protótipo.
A patente de modelo de utilidade MU 8000997 refere-se PULSOR – BOMBA PARA SUCÇÃO E RECALQUE DE LIQUIDOS NÃO CORROSIVOS”, contituido por um corpo de funcionamento construido em peças multiplas cujas membranas, peças vitais do conjunto, treliçadas por cordas internas em sua composição para maior resistencia, fechada por flanges metalicas de sustentação parafusos com porcas, trasendo ao centro de suas membranas montadas opostamente, razão principal de função, uma valvula de retenção superior, tendo por sua vez ao centro sistema retentivo por esfera de latex ou vinil, a qual é presa por clip metalico para impedir a evasão da esfera em sua função básica, a qual é fixada por arruela metalica ampla é presa com porca que prende por sua vez tambem a base da alavanda tratora que aciona o dispositivo. O sistema de retenção por esfera permite passagem mais livre dos liquidos limpos, ou até mesmo sujos, mesmo com corpos minusculos que transitam pelo dispositivo. Ao oposto, na parte inferior do dispositivo a valvula retentiva dá entrada para o liquido a ser recalcado, suportando por sua vez por sua porca de fixação, a besa de fixação sc sólo ou suporte metalico o dispositivo para o seu trabalho básico.
A denominação “PULSOR” BOMBA PARA SUCÇÃO E RECALQUE DE LIQUIDOS NÃO CORROSSIVOS, deve-se a sua semelhança de funcionamento com nossa valvula cardíaca. Adaptada a uma mesa de operação poderá receber variados tipos de energia para seu funcionamento; elétrico, roda d’agua, motor a explosão e ainda outros tipos de acionamento, até animal. Essas energias chegarão pelo mandril que liga-se por uma polia excentrica, ligada por uma alavanca tratora, que por sua vez liga-se à saída na parte superior do dispositivo que com a base de sustentação ligada à entrada do dispositivo produzirá sua função de trabalho básico. Ligando-se por sua vez ao mandril de captação de energia a roda d’agua obter-se-a energia hidraulica que no sistema comum atual é acionada com 2 metros de desnivel de altura, com precipitação líquida para acionamento.
A presente Patente de Invento preve a remodelagem da roda d’agua que terá reduzida a dimensão de suas conchas de captação liquida, seu espaçamento na roda, sendo ésta então acionada por um “TRI-EJETOR” que ligado à tubulação mais ampla em diametro operando por peso de coluna, propiciará acionamento por menor altura de desnivel, cerca de 1 metro apenas. O dispositivo terá montagem tambem em um “CATAVENTO” que tambem sofre remodelagem por esta Patente de Invento, recebendo 6 pás com quebra-vento para sua potencialização, com giro horizontal por cauda para a captação frontal de energia eólica em sua mesa giratória. Outras fontes de energia, humana e até animal serão aplicadas com o desenvolvimento e adequação de projetos em um futuro breve.
Fonte:
Gazeta Mercantil, data: 05.03.2001 “Inventor Propõe soluções para uso racional de água”
http://www.ms.sebrae.com.br/sucesso/view.htm?ma_id=1691 acesso em julho de 2004
http://voluntariar.org.br/index.php?pg=view&tema=noticia&id=10165
acesso em março de 2005
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