O selo cinético, dispositivo desenvolvido por aluno da Universidade de Mogi das Cruzes e que indica o término da data de validade e o estado de conservação de qualquer tipo de produto, foi patenteado no INPI e está sendo desenvolvido na própria Universidade, com a expectativa do protótipo para o 1º semestre de 2010. O material, inédito, faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do aluno de Administração Wagner Dias Ribeiro. O objetivo do selo é facilitar a visualização dos dados importantes, como lote, data de validade e conservação, de forma gráfica e colorida. “Além da facilidade de identificação, o material é muito mais confiável para o consumidor, pois sua reação é irreversível ” impossibilitando a reutilização em caso de estar danificado – e permite maior controle por parte do fabricante e do revendedor”, explicou Ribeiro. Atualmente, essas informações não têm padrão e são colocadas nos produtos de forma aleatória. “As posições da identificação se confundem com as especificações do próprio produto. Também falta segurança, ou seja, é muito fácil burlar, por meios ilícitos, a data de validade, violando o Código do Consumidor”, comentou o aluno.
Outra vantagem citada pelo aluno é que o material tem flexibilidade às exigências de tamanhos, prazos e formas da empresa que o utilizar, sendo industrializado conforme as necessidades do mercado. De acordo com o coordenador do curso, professor Carlos Franco Júnior, o projeto de Ribeiro tem duas características que representam os maiores esforços que o curso tem buscado. “O primeiro é a visão interdisciplinar. O selo cinético integra conhecimentos de administração e de química. O segundo é incentivar o aluno que desenvolve seu Trabalho de Conclusão de Curso, a aproveitar a oportunidade para transformar um trabalho que para muitos seria meramente acadêmico em algo que possa realmente ter impacto em sua carreira profissional, ou mesmo na criação de um novo negócio (empreededorismo) assim que sair da Universidade”.Prova do que o professor comentou relativo ao impacto profissional é que, pela relevância do trabalho, Ribeiro foi convidado pela Faculdade de Tecnologia ” FATEC de Mogi das Cruzes para participar da I Semana de Tecnologia e II Semana de Agronegócios do Alto Tietê. A palestra “Inovação e Oportunidade ” o Selo Cinético”, foi apresentada em conjunto com o professor da UMC Hernandes Brandão na última quinta-feira (15/10/2009).
O dispositivo fica na parte externa da embalagem, sem entrar em contato com o que está em seu interior. Ele é constituído de duas partes circulares concêntricas coloridas: a primeira é central, tem cor verde e marca a temporização. “Essa parte mudará para vermelho ao fim do prazo de validade”, explicou Ribeiro. A segunda parte, também verde, é perimetral e sensível ao aumento de temperatura. “Passará para a cor vermelha quando o tempo de exposição à temperatura errada for suficiente para que o alimento se decomponha”, concluiu. Toda essa programação é feita quimicamente. Wagner Ribeiro já está fazendo demonstrações de como seria a empregabilidade do selo a empresas interessadas em acordos futuros para utilização. O material de identificação não se limita a alimentos, podendo ser utilizado também por empresas de diversos ramos que demandam necessidade de controle de validade e conservação.
Fonte: http://www.planetauniversitario.com/index.php?option=com_content&task=view&id=9803&Itemid=73
acesso em outubro de 2009
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