Embraer 170

Uma simples adaptação num produto já existente seria suficiente para conquistar um novo mercado? Em 1997, essa era a maior questão não respondida dentro da Embraer. Na época, os engenheiros da empresa haviam começado a discutir o projeto de um avião para ser utilizado em rotas regionais. Uma das possibilidades era esticar a capacidade do modelo 145, com 50 assentos, que a empresa havia acabado de lançar. Aos poucos, essa opção foi abandonada e a Embraer resolveu investir cerca de 1 bilhão de dólares para fazer um avião completamente novo. Assim surgia a família 170/190, composta de quatro modelos, com capacidade para entre 70 e 110 assentos. Desde 1999, ano de lançamento da nova família, foram vendidas mais de 400 aeronaves.

 

Equipado com duas turbinas montadas sob as asas, o Embraer 170 pode transportar 70 passageiros com alto grau de conforto, apresentando um espaço de 81 cm (32 pol.) entre poltronas. É o primeiro modelo de uma nova família de jatos atualmente em desenvolvimento e que engloba, ainda, o Embraer 175, para 78 passageiros, o Embraer 190, para 98, e o Embraer 195, com capacidade para 108 passageiros. Os Embraer 190 e 195 foram lançados conjuntamente com o Embraer 170, em junho de 1999, com as designações de ERJ 190-100 e ERJ 190-200, respectivamente. Já o Embraer 175, oficialmente anunciado hoje, atenderá um segmento de mercado situado entre o Embraer 170 e o Embraer 190, tendo sua entrada em serviço prevista para julho de 2004. Com esse novo lançamento, os prazos de certificação e primeira entrega do Embraer 195 e 190 passam a ser, respectivamente, dezembro de 2004 e dezembro de 2005.

Antes mesmo do primeiro voo do protótipo, que deverá ocorrer até o final deste ano, a Embraer já contabiliza 112 pedidos firmes e 202 opções de compra para a nova família de aeronaves, encomendados por importantes empresas internacionais de transporte aéreo e de leasing, como a suíça Crossair e a americana Gecas – GE Capital Aviation Services. O potencial de exportação da família Embraer 170/190 pode atingir US$ 15 bilhões ao longo dos próximos 10 anos, gerando 3.000 empregos diretos no Brasil, além de igual número nos parceiros industriais, tanto no país como no exterior.

As novas aeronaves da Embraer propiciarão a seus operadores níveis de desempenho operacional e de eficiência jamais vistos neste segmento de mercado, além de excepcional conforto e segurança aos passageiros. “Um dos pontos fortes da família 170/190 é o conforto da cabine de passageiros, devido ao conceito adotado de uma fuselagem do tipo double bubble (dupla bolha), que otimiza o espaço na altura dos ombros e dos pés, elimina as indesejáveis poltronas do meio, ao mesmo tempo em que facilita o embarque e desembarque de passageiros e seu acesso aos bagageiros de teto. Nossos assentos e corredores são os mais largos dentre os jatos comerciais de pequeno e médio porte, privilegiando o conforto e satisfação dos clientes de nossos clientes – os passageiros”, explica Luís C. Affonso, Diretor do Programa Embraer 170/190.

Quando apresentar ao público sua mais nova criação, o jato ERJ 170, nesta segunda-feira, a Embraer estará consolidando uma reputação incomum para empresas de países em desenvolvimento, como o Brasil. O avião é um sucesso desde que seu desenho começou a ser esboçado nas pranchetas e computadores. Primeiro, porque é um jato pequeno, com capacidade para setenta passageiros, porte ideal para as viagens curtas entre cidades interioranas, que são cada vez mais frequentes nos Estados Unidos, na Europa e na China. Depois, porque é equipado com o que há de mais moderno em matéria de tecnologia. E, finalmente, por seu preço, 24 milhões de dólares, que está na faixa média do mercado e tem manutenção mais barata que a da concorrência.

O Brasil é o único país de fora do clube dos ricos e industrializados a ter uma indústria aeronáutica de porte. A Embraer é a quarta maior fábrica de aviões do mundo. Explica-se. O país investiu pesado na engenharia aeronáutica. O setor era considerado estratégico pelos governos militares, que enviaram estudantes e professores para aprender o que havia de mais avançado no exterior. Os engenheiros brasileiros são criativos e capazes de desenhar aeronaves funcionais, confortáveis e seguras. Há outras razões que facilitam o desempenho da Embraer. Ela é uma montadora de aviões. Mais de 85% das peças são importadas. Brasileiros são componentes como os trens de pouso, os bancos e a tapeçaria. E, para completar, o governo, via BNDES, tem aumentado a disponibilidade de financiamento para quem queira comprar seus aviões. Em 1995, a empresa exportou 38 aeronaves. No ano passado, vendeu o quádruplo no mercado internacional, 157 aviões, o que gerou um faturamento de 2,7 bilhões de dólares.

 

Fonte: http://defesanet.web.terra.com.br/noticia/emb170/

http://www.embraer.com.br/portugues/content/aeronaves/aviacao_comercial/erj170/default.asp

Acesso em maio de 2002

http://veja.abril.com.br/311001/p_122.html

Acesso em março de 2003

28/9/2006 – As 10 melhores inovações brasileiras, Autor: Revista Exame http://www.inovar.org.br/noticias/NoticiasDetalhe.asp?Idnoticia=3274

Acesso em outubro de 2006

Posso ajudar?