Brinquedo pode ser apreciado por crianças de 8 a 80 anos
Criar brinquedos requer um olhar aberto para reconhecer o novo em um mundo que já nos parece um velho conhecido. Ao preparar dados para um truque de mágica, o médico Raimundo Valdetário Brita Siebra, afiliado à Associação Nacional dos Inventores (ANI), teve o insight para criar o seu “cubo articulado“.
O “cubo articulado” reúne 27 cubos menores por meio de um sistema de molas, que imprime pressão entre os cubos. O desafio é montar um cubo maior com aresta correspondente a três dos cubos menores.
A abordagem preferida do médico para apresentar o seu “cubo articulado” é por meio de um problema matemático: “Começo perguntando se a pessoa sabe quanto é a metade de dois mais dois. Quase 100% das pessoas responde que é dois, aí eu pergunto: ‘Tem certeza disso?’ e elas, ‘Lógico!’ Então eu pego o meu ‘cubo articulado’ e pergunto: ‘Você conhece este brinquedo?” E elas: ‘Conheço; mas nunca consegui montar nem um lado’. Então abro o cubo e digo: ‘É bom você rever os seus conceitos e sempre que estiver em um embate pense sempre na possibilidade de você estar enganado. A metade de dois mais dois é três (primeiro deve-se fazer a divisão para depois somar, esta é a regra matemática) e você nunca havia visto este brinquedo.”
A inspiração para o “cubo articulado” surgiu quando Raimundo, que pratica truques de mágica em suas horas vagas, estava “viciando” alguns dados com imãs para que eles dessem um determinado resultado. “Estava colocando ímã em três dados, quando coloquei no primeiro o joguei assim de lado e, ao concluir o segundo fiz a mesma coisa, nesse instante os dados se encontraram fazendo um baralho (click) e este foi o ‘estalo’ para a ideia. Percebi que como eles giram em torno dos seus eixos bastava agregar outros cubos, de uma maneira preestabelecida”, revela ele.
O público-alvo do “cubo articulado” são crianças, adolescentes e adultos que gostam de jogos para se entreter.
O “cubo articulado” já foi registrado junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) por Raimundo. Hoje, o inventor busca por investidores para licenciar o brinquedo, seja por meio da venda da patente ou do seu licenciamento.