O spray de espuma utilizado pela arbitragem para determinar a posição da barreira em uma cobrança de falta já deixou de ser novidade. Mas agora corre o risco de desaparecer dos campos de futebol.
“A Fifa roubou minha ideia. Isso vai contra o jogo limpo”, disse Heine Allemagne, brasileiro inventor do equipamento, em entrevista ao The New York Times, onde afirmou ainda que a entidade permitiu que outras companhias produzissem e vendessem sprays para ser usado em jogos.
Nesta semana, uma corte no Rio de Janeiro reconheceu sua patente em 44 paises, ordenando ainda que a Fifa, com quem Allemagne briga há anos pelo reconhecimento, pare de utilizar o spray em qualquer uma de suas competições.
A violação da determinação poderia resultar em multa de US$ 15 mil (R$ 49,62 mil) por partida. Isso não parece ter intimidado a Fifa, que já usou o spray na decisão do terceiro lugar do Mundial de Clubes.
O jornal norte-americano entrou em contato com a entidade máxima do futebol mundial, mas ouviu que nenhuma afirmativa poderia ser feita, já que a disputa ainda continuava nos tribunais.
Patenteado com o nome “9.15 Fair Play Limit”, o spray foi utilizado pela primeira vez pela Fifa na Copa de 2014. Naquela ocasião a entidade tentou adquirir a patente por US$ 500 mil, mas o acordo não foi selado.
No Mundial que aconteceu no Brasil, a empresa brasileira forneceu 300 tubos do spray sem custos para a utilização. Ex-secretário geral da Fifa, Jérôme Walcke enviou uma carta à Allemagne e seu sócio, Pablo Silva, reconhecendo que a invenção realmente havia ajudada nos aspectos de fair play do esporte.
Allemagne disse ao The New York Times que esperava que Gianni Infantino, que sucedeu Blatter, agisse de forma melhor. “Era a chance dele de mostrar que se era um grande homem ou apenas medíocre como os piratas do passado”, declarou.
Allemagne disse que passou 15 anos desenvolvendo a espuma que desaparecesse minutos depois de utilizada, e agora pede uma indenização de US$ 100 milhões.
Antes da decisão desta semana, advogados da Fifa disseram ao brasileiro que a entidade não tinha mais paciência sobre o tema, garantindo que não havia provas das patentes, e que a Fifa não entraria em negociação.
Fonte: espn.com.br
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