Outros tipos desse arbusto estavam passando por testes em Far-Manguinhos até que a equipe recebeu um exemplar do abaneiro e, por rotina, o submeteu ao exame de toxicidade – negativo – e ao teste em células de camundongos. Surpresa: o abaneiro matou 100% de células cancerosas do sistema nervoso, da pele e de leucemia. Para obter resultados mais concretos, porém, a substância deverá passar por testes em células humanas e ser aplicada diretamente em animais – um processo que não vai demorar menos de dois anos.
Do abaneiro branco, um arbusto típico de restinga que nem tem uso popular como remédio, pode surgir um medicamento contra câncer de pele, das células nervosas e leucemia.
“Queremos criar opções, especialmente para as populações de baixa renda, de remédios que não sejam chazinhos feitos de plantas que elas nem sabem o que podem causar”, aponta a diretora de Far-Manguinhos, Eloan dos Santos Pinheiro. “A tendência é que os medicamentos fitoterápicos sejam mais baratos do que os sintéticos, porque isso aumenta o acesso das pessoas ao mercado de remédios, monopolizado pelos laboratórios alopáticos”.
Fonte:
http://www2.uol.com.br/JC/_1998/0111/br0111d.htm
acesso em janeiro de 2002