Vem aí a primeira taça especialmente desenvolvida para a degustação da pinga brasileira. O projeto é da Coocachaça, cooperativa de produtores de Minas Gerais em parceria com a Cristais Hering, de Santa Catarina. O desenho da taça foi burilado depois de uma viagem à Europa, com visitas a caves de vinho, conhaque, grapa e champanhe – todos com vasilhames particulares. “A taça é fundamental porque interfere nas propriedades olfativas, gustativas e visuais da bebida”, diz Dirlene Pinto, diretora da Coocachaça. O cálice tem 13 centímetros de altura, base arredondada e é mais fechado na borda. Cada detalhe tem uma função: o bojo largo é ideal para misturar a bebida. Nesse momento, deve-se observar a formação de um rosário com pequenas bolhas, característica da boa cachaça. Em seguida, é preciso girar o copo e molhar as paredes para checar a oleosidade. Ao escorrer, o líquido deve formar lágrimas que desçam lentamente. A etapa seguinte é apreciar o aroma. O ângulo estreito da borda auxilia na formação do buquê. O copo em cristal ou vidro é o correto para observar a cor da bebida. “O antigo copo de cachaça não combinava com o novo perfil elegante que a cachaça assumiu recentemente”, afirma Dirlene, da Coocachaça.
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REVISTA ISTO É DINHEIRO DATA: 17/09/03 ON-LINE “Uma taça para a aguardente”
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