Diagnóstico de Febre Reumática

Nos anos 40, alertada pelos trabalhos publicados no sul do país, a atenção dos cardiologistas foi para a febre reumática praticamente na mesma época em que reumatologia surgia como especialidade. Um dos responsáveis pelos avanços da cardiologia no Brasil, Luiz Venere Décourt (1911) ganhou projeção em seu meio profissional pelo desenvolvimento de um trabalho inédito sobre febre reumática. Ao caracterizar as reações sanguíneas que identificam a presença dessa doença, elaborou uma metodologia adequada para o reconhecimento acurado do momento mais agudo da infecção, que pode causar lesões cardíacas definitivas. Chegou a criar um ambulatório no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo para atender pacientes com febre reumática, em sua maioria crianças. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, foi professor titular do Departamento de Clínica Médica e diretor científico do Instituto do Coração, dessa faculdade. Em 1972, Luiz V. Décourt publica a 2.ª edição de seu livro “Doença Reumática”, na qual estuda particularmente o conceito da doença e o valor diagnóstico das provas laboratoriais. Tornou-se um clássico da reumatologia. Outra contribuição dada por Luiz V. Décourt e colaboradores, foi a “Biopsia do Coração Humano”. Em seus trinta anos de vida acadêmica, orientou 897 estagiários de vários países que passaram por essa instituição. Luiz Venere Décourt foi membro fundador da Sociedade Brasileira de Nefrologia e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, na qual também ocupou o cargo de presidente.

 

A doença reumática constitui-se na causa mais comum de cardiopatia adquirida em crianças e adultos jovens, sendo, ainda hoje, um sério problema de saúde pública. O risco aumenta na população com maior incidência de faringite pelo estreptococos, como em aglomerações, contato fechado com crianças em idade escolar, em enfermeiras e médicos decorrente de suas atividades profissionais, desnutrição, más condições de higiene, falta de assistência médica. Caracteriza-se por reação inflamatória que envolve múltiplos órgãos: coração e articulações (mais comuns), sistema nervoso central e tecido subcutâneo (mais raramente). O período de latência entre a infecção e as manifestações clínicas é variável: em média 1-5 semanas para a poliartrite, 2 a 3 semanas para a cardite e até 6 meses para a Coréia, sendo as manifestações mais comuns. Em 1944, T. Duckett Jones formulou critérios para o diagnóstico da doença, sendo revisados e atualizados, servindo como guia diagnóstico.

 

Fonte:

http://sbdcd.incor.usp.br/

http://www.sabincor.com.br/sabincor/conf.doc

http://www.fundacaobunge.org.br/fundacaobunge/galeria/areas.asp?1

Acesso em agosto de 2002

http://www.cardiol.br/conheca/caminhos/05/

http://www.sosdoutor.com.br/doutorcoracao/historia1_ev.asp

Acesso em outubro de 2002

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