A empresa Cláudio Vogel eliminou a utilização de chumbo, metal pesado e altamente tóxico, do processo de produção da telha esmaltada, exterminando os riscos de contaminação e preservando a saúde dos funcionários da empresa. Os resíduos líquidos foram extintos, evitando a contaminação do meio ambiente e o custo com tratamento e armazenagem. O mercado consumidor foi apresentado a um produto resistente ao gretamento em qualquer tipo de clima, proporcionando maior impermeabilidade e a preservação estética do revestimento da telha por um período muito maior. Além disso, a queima de lenha no processo de produção foi eliminanda, evitando a emissão de partículas e a destruição de árvores. Isso foi possível graças à eliminação do chumbo, que permitiu substituir a fonte de energia: a lenha foi substituída por gás liquefeito de petróleo. O novo produto foi desenvolvido em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapergs), Universidade Federal (Ufrgs), Sebrae e Fundatec, o órgão fiscalizador de tecnologia do governo gaúcho.
O projeto refere-se a ao desenvolvimento de um inovador processo de deposição de revestimento polimérico em telhas cerâmicas que emprega uma linha de produção contínua e sequencial. A linha de produção, em uma forma preferida de execução do processo objeto da invenção, é composta de uma corrente que se desloca ao longo de um trajeto em ciclo fechado, determinado por uma viga metálica de perfil “I”, por meio de rolamentos, sendo tracionada por engrenagens animadas por um motor elétrico com caixa de redução. A primeira etapa do processo é a inserção das telhas na linha de produção, que preferencialmente é realizado por meio de ganchos fixados na corrente, que podem ser bipartidos e articulados, sendo uma parte fixa, e outra móvel. A parte móvel do gancho é dotada de uma presilha destinada a retenção das telhas. A segunda etapa do processo é a limpeza das telhas, que pode ser por meio de escovas rotativas e jato de ar comprimido, a fim de livrar a superfície da telha de impurezas e contaminantes. A terceira etapa do processo compreende a introdução das telhas continua e sucessivamente no interior da cabine de pintura. O material de revestimento em forma de pó é submetido previamente á influência de um campo magnético e posteriormente pulverizado sobre as telhas através de pistola eletrostática. A quarta etapa do processo é a cura térmica do revestimento das telhas em forno, preferivelmente, aquecido por meio de queimadores infravermelho, alimentados por GLP (gás liquefeito de petróleo). Os queimadores são espaçados e posicionados em linha na passagem das telhas. A temperatura média de trabalho do forno é de aproximadamente 200 C. O tempo médio de cura térmica do revestimento das telhas é de aproximadamente 10 minutos. No percurso do forno ocorre um gradual aquecimento das telhas juntamente com a fusão do revestimento, o que possibilita a distribuição, alastramento e cura da camada polimérica. Na quinta etapa do processo as telhas são resfriadas, preferencialmente seguindo pela linha por um percurso aberto, isto é, em ambiente ao ar livre e após por uma série de ventiladores dispostos em ambos os lados do trajeto das telhas. Na sexta etapa do processo as telhas são retiradas da linha de produção e dispostas sobre uma bancada, onde serão classificadas e embaladas.
Fonte:
http://www.expressao.com.br/ecologia/ecologia_venc01.htm
http://www.telhasclaudiovogel.com.br/produt.html
acesso em maio de 2002