Muita pesquisa é feita para preservar alimentos “por dentro”, com irradiação, por exemplo. O “por fora”é, na verdade, igualmente importante e foi com essa tese em mente que pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa começaram uma pesquisa inédita no país e que já deu sinais de viabilidade econômica e comercial. A equipe, única no Brasil a estudar as embalagens ativas (que interagem com o alimento), conseguiu criar filmes plásticos antimicrobianos para embalar alimentos como pães, queijos e salsichas. Eles contêm conservantes e aditivos que são liberados progressivamente, evitando assim que os alimentos recebam diretamente essas substâncias. “Os componentes químicos entram em contato com o produto apenas na superfície, mais suscetível aos fungos e numa quantidade menor do que a permitida pela legislação, mas com o mesmo efeito”, explica a coordenadora do projeto e engenheira de alimentos da UFV, Nilda Ferreira Soares. Outra invenção é o sachê que retarda o amadurecimento das frutas. Ele absorve o etanol,hormônio responsável por esse processo,aumentando assim o tempo que a fruta pode permanecer na prateleira do supermercado. “Já pedimos o registro de patente desses itens. Uma empresa já está analisando a sua produção em escala industrial, o que deve acontecer ainda este ano”, diz Soares. Em um teste feito com pão de fôrma, embalado no plástico antimicrobiano, o produto durou 14 dias sem registro de fungos, enquanto o tempo médio dos pães industrializados nas gôndolas é de dez dias.
Fonte: http://www.dialogomedico.com.br/dialogo012003/web/especial_inovacao/pesquisa/default.asp
acesso em setembro de 2003
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