Iniciativa do governo federal é apoiar 50 empresas por ano, ofertando um total de até R$ 400 milhões em quatro anos.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançou (26/6) o programa de investimento Finep Startup, em São Paulo (SP). A empresa pública, ligada ao Ministério Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações irá investir diretamente nas companhias com o objetivo de aportar conhecimento e recursos financeiros por meio de participação no capital de startups com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.
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A chamada pública para startups deve apoiar 50 empresas por ano, divididas em duas rodadas de investimento e os investimentos por empresa podem chegar até R$ 1 milhão, baseado no plano de negócios de cada uma. O Finep Startup selecionará companhias com prótotipos, provas de conceito ou já realizando suas primeiras vendas.
Segundo o presidente da Finep, Marcos Cintra, a expectativa é que o programa ofereça até R$ 400 milhões em quatro anos. Ele diz que o programa proporciona um instrumento ágil para a contratação das propostas, já que o investimento se daria por meio de contrato de opção de compra de ações.
Esse tipo de contrato transforma a Finep em uma potencial acionista da empresa, explica Cintra. A opção de se tornar sócia da startup terá prazo de até três anos, prorrogável por mais dois anos. Se a empresa for bem-sucedida, a agência pode exercer essa opção.
Gilberto Kassab ao lado do presidente da Finep, Marcos Cintra, durante o lançamento do programa (Foto: divulgação Ascom/MCTIC).
Caso a empresa não seja bem-sucedida na execução de seu plano de crescimento e não alcance o estágio de maturidade esperado, a Finep não exerceria a prerrogativa, minimizando potenciais passivos por um lado, e compartilhando o risco inerente ao processo de inovação por outro. O modelo, é inspirado em programas de outros países, particularmente dos Estados Unidos.
Gilberto Kassab, ministro do MCTIC, participou do lançamento e disse que o objetivo do programa é alavancar empresas em fase final de desenvolvimento de produto. “Considero essa uma das principais finalidades da Finep: apoiar startups a superar o chamado ‘vale da morte’.”
A expectativa é que o apoio se concentre nas seguintes áreas temáticas: educação, cidades sustentáveis, fintech – junção de finanças com tecnologia –, Internet das Coisas (IoT), economia criativa, energia, defesa, mineração, petróleo, manufatura avançada, biotecnologia, tecnologia agrícola, química e modelagem da informação da construção (BIM, na sigla em inglês).
De acordo com Marcos Cintra, a Finep não pretende tornar as startups dependentes de recursos públicos. Um dos objetivos é atrair mais recursos privados para investimento em inovação. Por isso, o programa priorizará empresas aportadas por investidores-anjo – critério que valerá pontos na seleção. O investidor-anjo que se comprometer a investir na empresa selecionada pelo edital receberá parte do retorno em excesso da Finep, com o objetivo de ampliar o engajamento do investidor privado com o sucesso da empresa. Esse percentual será proporcional à participação do anjo na rodada de investimento.
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