Fly Stop

Tudo parecia bem em 1998 para Tácio Myrianthefs, fundador da paulistana Matco Comercial, especializada em artigos para a construção civil. Seus produtos Telafix, Fitafix e TapaTrinca – uma bandagem, uma fita e uma argamassa para o acabamento de paredes fissuradas – faturavam R$ 180 mil mensais no varejo especializado. Todos patenteados pelo empresário de origem grega e fabricados por indústrias terceirizadas, os materiais pareciam ter um futuro promissor, devido à praticidade de seu uso. Mas o quadro mudou no início daquele ano. O mercado de construção subitamente recuou e as vendas da Matco caíram para R$ 110 mil mensais. Sem perder tempo, Myrianthefs deu-se conta de que era chegada a hora de diversificar a produção. Voltou sua atenção para as telas contra mosquitos, em geral emolduradas em madeira, de difícil remoção e caras, e logo lhe ocorreu inventar uma tela cuja instalação fosse muito simples e que pudesse ser removida e lavada. Acabou por desenvolver o Fly Stop, um artigo de poliéster, maleável, com bordas elásticas e afixado com práticas presilhas. 

“Entramos em outro nicho, mas sem abandonar o estilo do faça-você-mesmo, característico de todos os produtos da Matco”, resume o empresário. Lançada em setembro último, a invenção de Myrianthefs acabou se tornando a âncora da empresa, que tem 15 funcionários. Em 30 dias, o produto assumiu a posição de carro-chefe da linha de produtos, com a comercialização de 2 mil telas-mosquiteiro. Para este verão, a previsão de vendas chega a 8 mil caixas de 12 unidades cada, o que deve aumentar o f aturamento da Matco para, no mínimo, R$ 800 mil, nos três meses da temporada. Nesse ritmo, a empresa, que ingressou em 2000 com vendas em queda brusca, fechou o ano com R$ 2,4 milhões, o dobro da receita obtida em 1999. 

Fonte: 
http://pegn.globo.com/edic/ed144/neg_mosquet.htm
 

acesso em março de 2002
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