O Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF), da Universidade Federal da Paraíba, é reconhecido como um centro de excelência do País e da América do Sul. Uma das características do grupo de pesquisa do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, segundo o professor José Maria Barbosa, tem sido o desenvolvimento integrado de pesquisas químico-farmacológica em busca do princípio ativo, seja ele conhecido ou inédito. Uma das plantas pesquisadas pelo LTF é o juazeiro, da qual extrai substância para produção de um xampu e medicamentos.
Segundo o professor José Maria, o juazeiro é “uma das poucas árvores respeitadas pelo homem da Caatinga, porque quando todas as outras árvores perdem as folhas, nas secas mais terríveis, esta planta se mantém com aspecto viçoso e de folhagem abundante”. Da casca do juazeiro retiram-se as raspas com valor detergente para diferentes serviços de limpeza. A entrecasca tem aplicação garantida na medicina popular para bronquite e como expectorante, e é usado como dentifrício e tônico para os cabelos.
O estudo químico do extrato hidroalcoólico do referido vegetal levou ao isolamento e identificação do ácido betulínico, ácido oleanólico e uma saponina obtida com 10 por cento de rendimento. Além disso, segundo o professor, os estudos farmacológicos realizados com a sapopina isolada do juazeiro mostraram efeitos cardiotônicos direto, ação hipotensora e ação relaxante na musculatura lista da traqueia. A partir desta substância, o LTF produz um xampu de boa qualidade.
De todas as arvores do nordeste brasileiro, o juazeiro e a mais tipicamente sertaneja, uma planta símbolo das caatingas. Das espécies de Ziziphus que ocorrem no Nordeste, a Ziziphus joazeiro e a mais comum (uma das poucas espécies desse gênero adaptadas ao clima seco). E um planta de clima quente, perfeitamente adaptada aos climas semi-úmido, sub-úmido e semiárido, embora também cresça em clima úmido. Apesar de ser característica de regiões secas esta espécie cresce de preferencia em locais onde pode tirar agua do subsolo: baixadas úmidas e margens de riachos.
Fonte: http://www.correiodaparaiba.com.br/especial4.html
http://www.alicesoftware.com/webs/trees/aweb/td001/td_00038.htm
acesso em março de 2002