Mamoplastia Redutora

As mamas são partes tão importantes da figura feminina que as anormalidades quase sempre levam à procura de correções cirúrgicas. As anormalidades mais frequentes encontradas nas mamas são o aumento ou a diminuição do volume e a ptose da mama (mama caída). Além do aumento com uso de inclusão de silicone ou simples diminuição, temos, ainda as mamas flácidas que somente necessitam levantamento e fixação. Na cirurgia redutora da mama ou por correção da mama caída (correção da ptose), a cicatriz pode ficar localizada somente ao redor do mamilo, quando o volume a reduzir for pequeno. Nas mamas hipertróficas (mamas grandes) e com flacidez de pele, a cicatriz resultante final tomará a forma de T invertido (técnica de Pitanguy), em forma de L ou somente cicatriz vertical.

 

A Mastoplastia Redutora (cirurgia de redução mamária) é a mais procurada pelas mulheres, contrariando a ideia de que apenas quem coloca prótese de silicone passa por uma cirurgia plástica. A intervenção pode ser realizada a partir dos 15 anos, quando o desenvolvimento já atingiu seu estado máximo. A cirurgia é simples e dura em média duas horas. Entre as técnicas mais usadas para reduzir o volume dos seios está à chamada cirurgia do “T invertido”. Criada pelo famoso cirurgião Ivo Pitanguy, esta técnica envolve um corte em volta da aréola, um corte no sulco mamário e outro que liga os dois primeiros. O resultado é uma cicatriz no formato de um “T” invertido. Outras duas técnicas são a que deixam cicatrizes nos formatos de “L” e “I”. Em todos os casos o cirurgião tomará o máximo de cuidado para evitar qualquer cicatriz inútil. Depois de certo tempo, as cicatrizes ganham um aspecto de linha esbranquiçada, muito discreta. As cicatrizes finais dependerão do tamanho das mamas, da relação peso/altura da paciente, se há tecido mamário prolongando-se para as axilas (às vezes continuando-se com depósitos de gordura das costas), pois esses fatores determinarão qual técnica cirúrgica será a mais adequada, além disso dependerá também da paciente não apresentar transtornos de cicatrização (como queloides) e seguir as orientações de pós-operatório. Dependerá também de um evento muito comum que é a diferença de tamanho e da distribuição do tecido mamário entre as duas mamas antes da cirurgia. Quase sempre uma das mamas é um pouco maior que a outra e um pouco mais pendente. Quanto maior for a diferença entre elas maior será a diferença das cicatrizes e maior será a dificuldade da cirurgia, pois sempre procuramos deixá-las o mais parecidas possível.

Em relação à idade, existem adolescentes com mamas muito grandes, mas precisamos aguardar que suas funções hormonais estejam equilibradas antes de submetê-las à redução das mamas. Uma regra geral é aguardar pelo menos 4 anos após o início da menstruação, desde que já estejam apresentando ciclos regulares, mas sempre pedimos a avaliação de seu ginecologista. Um fato importante é que a cirurgia não impede a amamentação, mas as mamas poderão sofrer mudanças de forma dependendo de a glândula mamária voltar ao seu tamanho anterior, continuar aumentada ou até reduzir de tamanho após o aleitamento. Além disso, a chance de haver mudança da forma mamária será maior se houver grande variação do peso da paciente, pois há mulheres que ganham bem mais que os 9 a 12 kg esperados, chegando a ganhar mais de 20 kg.

Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy nasceu em Belo Horizonte. Iniciou sua formação profissional ingressando na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e formou-se pela Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro). Este aprendizado prolongou-se por mais de 6 anos, através de estágios e cursos realizados nos Estados Unidos e na Europa. De volta a seu país, ele inicia a primeira Clínica de Cirurgia da Mão no Brasil, na 19a. Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, chefiando o Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, Rio de Janeiro. Nesta mesma época, torna-se diretor da Clínica Ivo Pitanguy, e é nomeado Professor Titular do Departamento de Cirurgia Plástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e do Instituto de Pós-graduação Médica Carlos Chagas, Rio de Janeiro.

Em 1961 idealiza e organiza o Serviço de Queimados do Hospital Antônio Pedro, criado por ocasião do trágico incêndio do “Gran Circo Norte-Americano”, Niterói, 1961.

Aos 77 anos, completados em 5 de julho de 2003, o mineiro Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy faz um balanço positivo de sua trajetória. Em seu currículo constam, além de famosos como Sophia Loren e Niki Lauda, 70 mil pacientes atendidos (“a população de uma cidade”), 800 trabalhos publicados em revistas científicas e muitas, muitas homenagens. Três delas foram para ele uma surpresa completa: ser samba-enredo da Caprichosos de Pilares em 1999, ser eleito uma das personalidades do século pela França no Livro do Milênio e ter um dia só seu: no calendário da cidade norte-americana Indianapolis, 5 de março é sempre “Doctor Ivo Pitanguy Day”. Além das atividades em sua clínica, criada em 1963, ele opera gratuitamente pacientes carentes na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e atua como professor universitário. Em suas horas vagas, dedica-se à família – é casado há 42 anos com Marilu, com quem tem os filhos Ivo, Gisela, Hélcius e Bernardo -, visita sua reserva florestal em Angra dos Reis, passeia com seus cães e pratica mergulho, esqui e tênis. Eloquente, gosta de se referir a si em terceira pessoa. Ivo Pitanguy fala de seu ingresso na Academia Brasileira de Letras: “As pessoas que estranharam são aquelas que não entendem como a ABL funciona. Assim como eu, vários médicos ilustres como Miguel Couto, Carlos Chagas e Miguel Osório foram membros dela. A ABL prioriza pessoas que tiveram a preocupação de escrever e contribuir especialmente para a literatura dentro de sua profissão. E eu já escrevi mais de 800 trabalhos científicos, mais de 50 livros, sem falar nas publicações fora da medicina. Virei membro da ABL por mérito cultural, e entrei por unanimidade. Essa aceitação mostrou que existe um reconhecimento da Academia pelo valor social da cirurgia plástica, o que me tocou muito.”

 

Fonte: http://www.drguerreroplastic.com/reduccion.htm

http://www.pitanguy.com.br/

http://www.nheller.com/Orienta.htm

http://www.masterpcp.com.br/mamareducao.htm

Acesso em dezembro de 2002

http://www.dialogomedico.com.br/dialogo042003/web/entrevista/default.asp

Acesso em dezembro de 2003

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