Guilherme Emerich, o empresário mineiro que fundou a Biobrás, conta experiência como empresário global e investidor de risco: “Nos últimos cinco anos, passei a me dedicar a incentivar o desenvolvimento de empresas de bases tecnológicas em geral. A FIRCAPITAL (www.fircapital.com) opera um fundo de investimentos para empresas de base tecnológica; temos hoje cerca de vinte empresas no portfolio. São empresas da área de biotecnologia ou da área de tecnologia de informação. Todas elas nasceram de cooperação com Universidades: em Minas Gerais, Rio, USP, e federal de Pernambuco. Um exemplo é a Excegene, concebida pelo pesquisador Sergio Dani, da Universidade Federal de Minas Gerais – com doutorado na Alemanha e pós-doutorado no Japão. Ele concebeu o seguinte, para aumentar a produtividade dos rebanhos: encontrar marcadores genéticos e usá-los como critério para acasalamento. O processo de acasalamento de boi e vaca ainda é feito por fenotipagem — ou seja, pelo componente físico da vaca e do boi. Dani desenvolveu um marcador por genotipagem: analisa o genoma do boi e da vaca e encontra marcadores. Acasalando a vaca x com o boi y, adequado segundo esses marcadores, à produtividade do rebanho aumenta. Há uma brutal economia no processo. O produto está em fase final de testes, em vários locais do Brasil. Ele promete dar uma melhorada grande na criação do rebanho de carne no Brasil. É uma coisa que não existe no mundo. Estou querendo realçar com mais esse exemplo que é possível desenvolver empresas de bases tecnológicas no Brasil e competir pelo mercado.”
Fonte: VII Encontro sobre Propriedade Intelectual