A Muirapuama (Ptychopetalum Olacoides Bentham) é utilizada como tônico herbal tanto para homens como para mulheres, suas propriedades vasodilatadoras melhoram o desempenho sexual. Conhecido como “madeira potente” a erva é encontrada nas margens do Rio Negro.
Estudos do Dr. Jaques Waynberg, do Institute of Sexology da França, apresentados The First International Congress on Ethnopharmacology em Strasbourg, França, em 1990, com 262 pacientes demonstraram que a erva é uma das mais eficazes no tratamento da disfunção erétil, uma vez que 62 % dos pacientes com problemas de ereção manifestaram melhora de desempenho. Químicos identificaram a presença de beta-sitosterol, que acreditam estar relacionada ao efeito afrodisíaco da erva.
Muirapuama é um arbusto de no máximo 5 metros de altura nativo da Bacia Amazônica e outras partes do nordeste do Brasil. As pequenas flores brancas tem uma fragrância similar ao jasmim. Historicamente todas as partes da planta tem sido utilizadas como remédio, mas a casca e a raiz são as principais partes utilizadas. Tem sido utilizada há muito tempo pelos povos indígenas da região para diversos fins, e encontrou aplicação na medicina da América do Sul e Europa a partir da década de 20. Tribos indígenas no Brasil utilizam suas raízes e casca para preparação de um chá para tratamento de deficiências sexuais e impotência, problemas neuromusculares, reumatismo, gripe, astenia cardíaca e gastrointestinal e até para prevenção da calvície. É também utilizada em banhos e massagens para tratamento de paralisia e beri-beri.
Em 1925 um estudo farmacológico foi publicado mostrando sua eficácia no tratamento de desordens do sistema nervoso e impotência sexual. Em 1930, Pena em seu livro “Notas Sobre Plantas Brasileiras” sobre ervas brasileiras, cita os efeitos da planta confirmados em análises do Dr. Rebourgeon na França. Duas espécies próximas da Ptychopetalum eram usadas quando a muirapuama tornou-se popular nas décadas de 20 e 30, a P. olacoides e a P. uncinatum, além da Liriosma ovata. Exploradores europeus observaram os efeitos afrodisíacos da planta e a levaram para estudos, onde se tornou parte da medicina herbal na Inglaterra e ainda hoje a planta está listada na British Herbal Pharmacopoeia, uma publicação respeitada sobre medicina herbal publicada pela British Herbal Medicine Association.
Consumidores devem estar atentos de que para atingir os efeitos benéficos da planta é necessária uma preparação própria. Os constituintes ativos acreditam ser responsáveis pelos efeitos afrodisíaco não são solúveis em água e tampouco são absorvidos durante o processo digestivo. Portanto a mera ingestão de cápsulas do produto não é efetiva. O aquecimento por pelo menos 20 minutos ou mais em álcool são necessários para dissolver e extrair os óleos essenciais, gomas e resinas encontradas na casca e nas raízes da planta.
Em 1999 a Natura comprara por R$ 20 milhões o laboratório carioca Flora Medicinal, que desde 1912 comercializava 70 produtos derivados da flora brasileira. O mais vendido da marca é o Viriflora, vasodilatador da artéria do pênis e estimulante da libido, feito com extratos de muirapurama, cipó-cravo e catuaba.
Fonte:
http://www.herbal-factory.mcmail.com/natv.htm
http://health.discovery.com/explore/sex/libido/amazon2.html
http://rainforesttreasure.com/studies/muirapuama.asp
http://www.discovertheamazon.com/recentfindings.html
http://epoca.globo.com/edic/ed23042001/soci9a.htm
acesso em fevereiro de 2002