Durante o século 20, dezenas de projetos para organizar o tráfego foram idealizados, mas invenção vem do século 19.
O congestionamento de carros e pessoas é recorrente em cidades. A organização desse tráfego, porém, nem sempre foi organizada tal como a conhecemos hoje. Durante o século 19, em Londres, as carruagens com cavalos eram um dos principais meios de locomoção que se popularizou. Foi nesse período que o semáforo foi inventado.
De acordo com teorias da época, tudo começou em 1865, quando o engenheiro John Peake Knight abordou um comissário de polícia com um projeto. Knight pensou em uma invenção capaz de organizar e evitar acidentes de trânsito em Londres. Durante o século 19, a invenção de Knight foi pensada para organizar as carruagens puxadas por cavalos, que passaram a lotar as ruas de Londres antes da popularização dos carros. O semáforo de Knight era manipulado por guardas de trânsito, que se revezavam em turnos para operá-lo. Um mês após o início de seu funcionamento, aconteceu um acidente. Um vazamento de gás de uma das lâmpadas explodiu, matando um dos policiais que gerenciava a invenção, como conta o site Artsy. Após o acidente, os inventores da época desistiram da ideia de Knight e só a retomaram em 1910 quando o americano Ernest Stirrine idealizou outro projeto para o semáforo. Ele patenteou a ideia, que passou a ser usada para organizar o trânsito dos carros na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. A invenção de Stirrine consistia em um semáforo de duas torres, com os escritos “proceed” (continue, em português) e “stop” (pare, em português) que girava a partir de uma manivela, sem combustível ou eletricidade.
FOTO: REPRODUÇÃO /U.S. PATENT OFFICE DESENHO DO SEMÁFORO IDEALIZADO POR ERNEST STIRRINE.
Após a ideia inicial de Knight, dezenas de invenções surgiram no século 20. Muitos engenheiros chegaram a patentear seus projetos e é por isso que existem tantos outros tipos de semáforo a depender do local. O título de primeiro semáforo eletrônico não é certo. Mas uma das teorias mais bem aceitas é de que o responsável pela criação foi o policial Lester Farnsworth Wire, em 1912. O semáforo de Lester é o que mais se assemelha com o que usamos nos dias de hoje: seu design é de uma torre acoplada a uma caixa de metal com apenas lâmpadas de duas cores: uma verde e outra vermelha. Para evitar mais acidentes, a cor amarela foi implantada anos depois. Aprimorado com o passar do tempo, outras invenções foram surgindo para facilitar e organizar o trânsito nas cidades. De acordo com o Departamento de Transporte dos Estados Unidos, o semáforo para o pedestre começou a ser testado em 1930. Patenteado pelo americano John S. Allen, sua invenção consistia em uma mão aberta que acendia a palavra “walk” (ande, em português) e “don’t walk” (não ande, em português).
FOTO: REPRODUÇÃO/U.S. DEPARTMENT OF TRANSPORATION SEMÁFORO PARA PEDESTRE COMEÇOU A SER TESTADO EM 1930.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o bairro do Brás, em São Paulo, foi o primeiro a receber um semáforo no estado. Instalado em 1935, a invenção chegou quando a indústria automobilística se popularizou e o número de acidentes crescia no país.
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