Um dos maiores problemas ambientais das indústrias cerâmicas é o resíduo de esmalte, que contém metais pesados que, se depositados em local não apropriado, podem ocasionar grave degradação do ecossistema. O resíduo é resultado da lavagem de máquinas, tanques e moinhos, que absorvem o esmalte – camada superficial do piso cerâmico, responsável pelas características de beleza, resistência e durabilidade. A solução definitiva do problema veio a partir de 1997, com o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora pela Cecrisa, onde o resíduo de esmalte passou a compor a massa como elemento fundente. A Cecrisa implantou 13 mil reais na implantação do novo sistema. “O investimento foi recuperado em apenas cinco meses, com a redução do gasto com feldspato, outro elemento fundente utilizado na massa”, explica Luiz Rodeval Alexandre, Gerente Corporativo da Qualidade Total, Energia e Meio Ambiente da Cecrisa.
Em 1998 foram aproveitadas 646 toneladas de esmalte e, em 1999, mais 832 toneladas. As maiores vantagens, no entanto, foram ambientais: a empresa conseguiu reutilizar 100% do resíduo de esmalte, tornando o circuito totalmente fechado. A tecnologia implantada pela Cecrisa pode ser o ponto de partida para a solução do problema nas indústrias brasileiras, que produzem anualmente 14 mil toneladas de resíduos de esmalte sem tratamento adequado. “A divulgação deste conhecimento só traz benefícios para todos. Neste aspecto não há competição”, finaliza Alexandre. A Cecrisa Revestimentos Cerâmicos SA é uma das empresas líderes do mercado brasileiro de revestimentos cerâmicos, produzindo pisos, azulejos, peças especiais e porcelanato esmaltado. Seus produtos são exportados para mais de 60 países, atuando no mercado com as marcas CECRISA e PORTINARI. . Suas cinco fábricas estão instaladas nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, com uma produção girando em torno de 36 milhões/m2 de peças cerâmicas por ano, o que a situa entre as maiores e mais avançadas empresas do setor no contexto mundial.
Fonte:
http://www.expressao.com.br/ecologia/ecologia_venc0.htm
http://www.cecrisa.com.br/principa/news/meio%20ambiente/express%C3%A3o.htm
acesso em maio de 2002