Shunt

Uma pequena invenção que traz grandes resultados contra o infarto é o shunt (desvio, em inglês), um artefato de silicone desenvolvido pelo cardiologista paulista Luiz Antônio Rivetti, chefe do Departamento de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de São Paulo. Em forma de T, o tubo é colocado na coronária e permite a passagem do sangue pela artéria durante a operação para colocação de ponte de safena (coloca-se no coração uma veia da perna do paciente para compensar a artéria obstruída). Normalmente, essa cirurgia é feita com circulação extracorpórea, um mecanismo pelo qual as funções cardíacas e respiratórias do paciente são garantidas por uma máquina. “O fato de o sangue ser desviado traz muitos danos, como a destruição de plaquetas”, explica Rivetti. “O shunt evita isso.”

 

O dispositivo reduz as probabilidades de isquemia durante a operação e facilita a construção de bypas em artérias coronarianas, em corações não infartados. O shunt intraluminal Rivetti-Levinson produz perfusão direta (pass through) para a artéria distal enquanto a cirurgia é executada. Fluxo sanguíneo suplementar pode ser liberado conectando-se o lado perfusor do shunt Rivetti-Levinson a qualquer fonte de sangue arterializado utilizando-se uma conexão Luer padrão.

A invenção do cardiologista paulista foi aprovada pela Agência de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA) e patenteada no USPTO (US5947919). A invenção compreende um método e aparelho para uso como bypass em cirurgias cardíacas em que o coração permanece batendo e em que se utiliza um bloqueio é localizado no vaso sanguíneo para o coração e uma incisão é feita no vaso adjacente ao bloqueio para o enxerto de uma veia de outra parte do corpo do paciente e um shunt intraluminal é inserido no vaso sanguíneo para reter o vaso aberto e permitir o fluxo sanguíneo pelo vaso, mas evitando que o fluxo flua para fora do shunt. O shunt intraluminal compreende um primeiro tubo de perfusão, tendo um bulbo mais largo ou oclusor adjacente adjacente a cada terminal do tubo para cooperar com a superfície interior do vaso, e um segundo tubo de perfusão junto ao primeiro num pontos intermediário entre os extremos do primeiro tubo, ou numa razão de um terço/dois terços ao longo do primeiro tubo.

 

Fonte: http://www.corporate-ir.net/ireye/ir_site.zhtml?Ticker=iart&script=410&layout=6&item_id=102631

http://www.an.com.br/1999/nov/07/0ane.htm

http://www.terra.com.br/istoe/politica/149135.htm

http://www.guiamedicobrasileiro.com.br/dr_luizrivetti/meio.htm

 

Acesso em fevereiro de 2002

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