A Fredbots desenvolve robôs para receber pedidos em aplicativos de mensagens.
Os chatbots permitem que os clientes tenham acesso a tudo que precisarem em um só lugar. É por isso que hoje são tão populares.” Segundo o empresário Alfred Baudisch, esse é um dos motivos para ele ter criado sua startup, a Fredbots.
A empresa fundada pelo paranaense de 30 anos está construindo um ecossistema de robôs que poderão ser aplicados a diversas plataformas de mensagens. O objetivo é permitir aos clientes a realização de compras, pedidos e outras transações sem a necessidade de baixar aplicativos específicos ou entrar em site próprios.
“Nosso produto permite que os empresários escolham que tipo de chatbot querem, em que contexto, para que serviço. Será totalmente personalizável”, diz Baudisch.
Segundo ele, o foco serão os pequenos e médios empresários. “Vamos atuar em modo freemium. Ou seja, até certo número de usuários, qualquer um poderá montar seu chatbot e utilizar em seu negócio de graça.”
Os robôs realizam operações exclusivamente transacionais. Ou seja, apresentam opções simples ao usuário, que vai escolhendo e definindo seu pedido. “É o mais prático e simples no momento”, diz ele. “Chatbots de linguagem livre ainda não possuem tecnologia avançada o bastante para serem eficientes. Mas no futuro pretendemos pesquisar e desenvolver melhor essa área.”
Para utilizar o chatbot, o cliente poderia entrar na página de Facebook da empresa, por exemplo, e clicar em mandar mensagem. Ao entrar na caixa de conversa, o robô já apresentaria as opções disponíveis: uma pizzaria mostraria as opções de sabor e um e-commerce traria os produtos da loja. O usuário seguiria as instruções apresentadas e conseguiria fazer sua compra de forma rápida.
História
Baudisch começou a trabalhar no desenvolvimento de chatbots quando teve a ideia de criar um aplicativo para pedir comida, em 2015. “Queria criar um app para delivery que funcionasse no interior do Paraná, já que nenhum dos grandes estava por lá”, afirma ele. “Mas o pessoal preferia usar o Whatsapp. Então comecei a tentar arranjar um jeito de incluir um software que funcionasse lá dentro. Foi aí que surgiu meu primeiro chatbot.”
Apesar do sistema estar sendo usado por comércios locais, o negócio ainda não havia começado de fato. Foi só em setembro de 2015, quando Baudisch participou de um hackathon e a imprensa conheceu o produto que outras empresas começaram a se interessar na Fredbot.
“Eu estava com uma lista de espera de mais de 800 clientes depois da divulgação”, diz ele. Baudisch foi trabalhando no desenvolvimento do software e obteve um investimento de R$ 1 milhão em maio de 2016.
Enquanto trabalhava na tecnologia, o Whatsapp baniu a tecnologia de seu sistema por não aceitar a inclusão de softwares não oficiais na plataforma. “Comecei a tentar idealizar um aplicativo, mas logo depois o Facebook abriu sua plataforma e resolvemos colocar o bot no sistema do Messenger.”
Hoje, Baudisch diz que os planos indicam para uma compatibilidade com o Facebook, Telegram, Skype, Slack e Twitter. “Claro que se o Whatsapp liberar o uso em seu sistema, a prioridade será desenvolver um bot para ele o mais rápido possível.”
O lançamento está previsto para o final de 2017, mas alguns pilotos já estão rodando de forma experimental. Quando ocorrer, Baudisch espera que o produto possa ser o primeiro contato real que muitos terão com a tecnologia. “Nesses dois primeiros anos nosso foco é atingir o máximo possível de pessoas e democratizar o uso de chatbots. Depois, queremos abrir nosso próprio centro de pesquisa para desenvolver cada vez mais essa tecnologia.”
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