O nome Troller ao jipe foi dado por Rogério Farias, uma espécie de “Professor Pardal” do Ceará, o criador e idealizador do Troller. Ele achava que o nome era simpático e tinha muito a ver com o jipe. Mário Araripe é quem colocou dois “eles” no nome, quando comprou a Troller e se tornou sócio de Rogério. A palavra “troller” é derivada de “troll”, um gnomo, um elemental da terra que nasceu na Noruega, gosta de se esconder atrás das árvores e é um amigo de quem vai às florestas. Enfim, é um companheiro que protege quem caminha pelos bosques.
O projeto Troller começou a ser desenvolvido em 1995, com a fabricação do primeiro protótipo em Abril de 1996. Entre Abril de 1996 e Dezembro de 1997 dos protótipos construídos, 44 foram entregues à pilotos para testes. O carro rapidamente se tornou conhecido devido ao sucesso nas competições off-road em que participou. Em meados de 1997, foi feita uma extensa pesquisa de satisfação entre todos os que testaram os protótipos, com aprovação unânime. Pontos fortes e fracos do carro foram estudados para melhorias, e em setembro de 98 foi organizada a linha de montagem do Troller. A produção atual de 5 unidades/dia está em aceleração com o objetivo de atingir 12 unidades/dia.
A fábrica está localizada em Horizonte no Ceará. A fabricante do jipe para uso off-road (fora de estrada) desenvolve três novos projetos: uma picape, um utilitário com quatro portas e um jipe para uso do Exército. Fundada por um grupo de engenheiros e empresários cearenses, entre eles Mário Araripe – que atua nos setores têxtil e hoteleiro -, a Troller só iniciou a produção em série em 1999, após quatro anos de desenvolvimento e de teste.
O carro tem chassi de aço sobre o qual é montada a carroceria de fibra de vidro, cujo design é nitidamente inspirado no americano Jeep Wrangler. A carroceria é isolada do chassis por coxins de borracha, minimizando a trepidação a bordo, e não tem função estrutural. O motor é o conhecido VW AP-2000, de 116 cv, e é instalado longitudinalmente na dianteira, numa posição posterior ao eixo dianteiro. O câmbio é produzido pela Borg Warner e conta com tração 4×4 e reduzida, ambos acionados eletronicamente por meio de teclas no painel. As suspensões, ao contrário do que usualmente ocorre nos veículos da categoria, são independentes nas quatro rodas e contam com molas helicoidais em vez de feixes de molas, o que confere ao carro maior conforto de rodagem no asfalto sem implicar em limitações fora dele.
A Troller em abril de 2004 celebrou convênio com a Finep no total de R$ 9,3 milhões para a duplicação da área que fabrica jipes off-road em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza. Os recursos da Troller vão ser aplicados para implementar novas tecnologias na preparação de quatro novos carros que serão lançados até o final do ano: duas pick-ups, uma de cabine simples e outra dupla, nas versões 4×2 e 4×4, um jipe longo de trabalho com cinco portas e outro esportivo, para uso urbano, com quatro portas. O financiamento será destinado ainda ao objetivo de atingir uma produção de 500 veículos por mês na Troller, que ainda não atingiu a capacidade mensal de 120 unidades. A Troller aposta em novos mercados com os novos modelos, que serão lançados no Salão de Automóveis de SP, em outubro. Dois dos novos lançamentos terão versões militares, a pick-up de cabine simples e o jipe longo de trabalho. O diretor de Negócios da Troller, Clécio Elói, informa que espera ter ainda em abril o aval do Exército Brasileiro, que está testando a qualidade e resistência do jipe cearense. Segundo ele, a empresa assinou acordo com o governo de Angola para instalar uma unidade Troller no país e deverá iniciar exportação para a Arábia Saudita, Egito e Iraque. A Troller participou do 9 Forum Brasil de capital de risco realizado em São Paulo em 2003.
Fonte:
http://www.troller.com.br/historia/index.asp
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/07/15/eco046.html
http://freehost18.websamba.com/rodrigao/brasileiras/brtrol.htm
acesso em novembro de 2002
JC e-mail 2505, de 15 de Abril de 2004. “Finep injeta R$ 12.04 milhões na Troller do Ceará e em Centro de Medicamentos da UFC”
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=17789
acesso em maio de 2004
http://www.capitalderisco.gov.br/vcn/vf9_GN.asp
acesso em julho de 2004
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