O Voyage foi projetado e fabricado pela Volkswagen do Brasil, assim como o Gol, a Parati e a Saveiro, (a chamada família BX). É claro que a VW não começou do zero, logo, existe uma grande semelhança entre o Voyage e outros carros da marca fabricados na Europa na década de 70, principalmente com o Jetta I, sendo que a parte mecânica era idêntica ao do Passat brasileiro. O Voyage foi lançado no final de 1981 com motor refrigerado a água de 1,5 litros e câmbio de 4 marchas, podendo ser encontrado nas versões a gasolina ou a álcool. As versões de acabamento se chamavam “S” = super, “LS”= luxo super e “GLS” = gran luxo super. Em 1982 foi eleito “O Carro do Ano” e começou a ser exportado para países da América do Sul com o nome de Gacel, Amazon e futuramente Senda (versão para a Argentina, com motor 1,9 litros a diesel). Em 1983 o Voyage álcool passou a utilizar o motor MD 270 de 1,6 litros (o mesmo do Passat TS). Podiam ser identificados pelo emblema “1.6” na grade do radiador. Esse motor era, até então, o mais potente (81cv) que a Volkswagen brasileira produzia. Ainda em 1983 foi lançada a primeira série especial: o Voyage Plus (com faróis de neblina, pára-choques na cor do carro e calotas especiais) e também o Voyage Sedan (4 portas), na época com baixíssima aceitação, pois os brasileiros não gostavam de carros 4 portas (o inverso do que acontece hoje, onde a maioria prefere a comodidade ao design esportivo de um cupê).
Em 1984 todos os modelos passaram a ter o motor de 1,6 litros, inclusive a série especial “Los Angeles” (em comemoração as Olimpíadas de Los Angeles), que se diferenciava das demais versões pelos acessórios (que incluíam um pequeno aerofólio) e a cor exclusiva: um azul metálico, logo apelidado de “azul tampa de panela”. Boatos dizem que a VW fabricou menos carros desta série do que o planejado, devido a cor ser muito chamativa. Em 1985 e 1986 o câmbio de 5 marchas era oferecido somente como item opcional. Ainda em 1986 foi lançado o Voyage GLS Super, com motor 1,8 litros e bancos Recaro. Em 1985 o Gol, até então equipado com motor 1,6 litros refrigerado a ar, passou por uma mudança, ficando com a frente e o motor iguais aos do Voyage, consagrando-o como sucesso de vendas da VW até hoje. Em 1986 o Voyage passou a utilizar o motor AP (Alta Performance) e em 1987 mudou externamente, ganhando novos faróis, grade e pára-choques envolventes com cobertura plástica, e passando a ter câmbio de cinco marchas como item de série. Em 1988 vieram novas portas, retrovisores, painel de instrumentos e acabamento interno (na minha opinião, o mais bonito de todos os modelos fabricados, principalmente na versão Super). Nesta época as versões eram: “CL” = comfort luxo (AP 1.6 ou 1.8), “GL” = gran luxo (AP 1.8), ou “GLS – SUPER” (AP 1.8S). Neste mesmo ano, o Voyage começou a ser exportados para os EUA e o Canadá, com o nome de FOX e mais de 2.000 modificações, incluindo injeção eletrônica (Bosch – KE Jetronic).
Em 1991 uma nova mudança nos faróis e na grade. O motor 1.6 passou a ser o AE 1.6 (os conhecidos CHT Ford)…era época da Autolatina. Em 1993 foi lançado o mais completo e mais potente Voyage, substituindo o Super: era o Voyage Sport 1.8S, que ficou em linha até ’94. O Voyage 4 portas era fabricado na Argentina com motor 1.8. Ainda em ’93, com o fim da Autolatina, voltaram os motores AP 1.6. No final de 1994 deixou de ser fabricado no Brasil, sendo produzido somente na Argentina. No final de 1995 o Voyage saiu de linha. Nessa época só duas versões eram produzidas: a GL 1.8 e a Special (apenas 4 portas). Seu substituto, o Polo Classic, também era fabricado na Argentina, com motor AP 1.8, colocado tranversalmente e equipado com injeção eletrônica, porta-malas maior e design mundial Volkswagen.
Fonte:
http://volksextreme.coolfreepage.com/index.php?page=hist_gol
acesso em dezembro de 2003
envie seus comentários para [email protected].