A endoview recebeu o primeiro lugar do Premio Finep de 2004 categoria Processo região Nordeste. A empresa participou do 10º Fórum Brasil de capital de risco, realizado em 2004 em Porto Alegre. Primeira empresa latino-americana a produzir endoscópios, instrumentos médicos utilizados para examinar o interior do corpo humano, a Endoview inovou ao desenvolver um equipamento dividido em quatro módulos. Em vez de utilizar o sistema tradicional de peça única, a empresa produz quatro partes independentes que se encaixam para formar o equipamento. Além de tornar o produto 30% mais barato do que os similares no mercado, o processo facilita a assistência técnica. A manutenção em equipamentos tradicionais leva de 15 a 20 dias, pois todo o endoscópio precisa ser paralisado. Com o sistema modulado, o conserto é realizado em apenas um dia, pois troca-se somente a parte com defeito.
A Endoview ganhou notoriedade ao desenvolver, em 2001, o Ergon, primeiro videoendoscópio flexível fabricado no Brasil e único produzido fora da Ásia. O endoscópio flexível é aquele utilizado em diagnósticos realizados a partir da boca ou ânus, enquanto os rígidos são introduzidos através da pele para auxílio em cirurgias. A Endoview, que nos últimos três anos investiu cerca de R$ 3,9 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento, produz ambos. O mercado cobra em média R$ 100 mil por um videoendoscópio flexível, enquanto o equipamento da empresa custa apenas R$ 75 mil e oferece qualidade similar aos sistemas produzidos pelos maiores fabricantes mundiais. Outro diferencial competitivo da Endoview, que já possui duas patentes registradas, é manter fortes parcerias com outras empresas e instituições de pesquisa, entre elas o Instituto de Tecnologia do Estado de Pernambuco – ITEP, o SEBRAE/PE, a Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade de São Paulo e a empresa francesa Sopro. Seus primeiros passos independentes são a participação em um fórum local sobre capital de risco, com apoio da Finep, e em um evento de TI em Washington, nos Estados Unidos. “Tudo isso em função dos contatos valiosos que fizemos na incubadora”, comemora o diretor da empresa, Bóris Blother. Ele e os 56 funcionários têm mais motivos para celebrar. Recém-nascida com porte de grande player, a Endoview tem em seu portfólio um projeto pioneiro no mercado nacional. Batizado de Ergon, trata-se de um sistema de videoendoscopia digestiva, composto por um endoscópio flexível, uma unidade de imagem digital e uma fonte de luz Xenon, que realiza tanto endoscopia alta (videoendoscópio) quanto baixa (colonoscópio). Uma das poucas fabricantes de hardware do mercado local, a empresa tem capacidade de produzir 20 equipamentos desse por mês e, após a mudança para a nova sede, no Prado, pretende produzir muito mais. Já comercializou até agora 20 unidades no Brasil e têm outras 50 encomendas para entregar. Em breve, deverá fechar negócios com China, Rússia e Índia. Para não perder o elo conquistado em 2 anos e meio de incubação, Blother avisa que já está incubando outro projeto de impressão de exames médicos, segundo ele, para complementar a atuação da Endoview.
Segundo informações da empresa, muitos investimentos em endoscópios flexíveis não eram realizados pelas dificuldades de manutenção. Grandes períodos de inatividade e gastos extras com equipamentos de backup restringiam o mercado. A equipe do Ergon resolveu tratar este problema como prioridade. Criou uma tecnologia inédita onde as peças são totalmente intercambiáveis, mesmo as mais complexas. Uma “porta de manutenção” foi desenvolvida e permite que num intervalo de duas horas qualquer peça seja substituída. “O cliente poderá deixar um endoscópio pela manhã numa das assistências técnicas autorizadas da Endoview e vir buscar pela tarde com a certeza que o equipamento estará funcionando plenamente. Nós substituiremos a peça com problema por outra para não interromper o fluxo contínuo dos exames. Após o conserto o endoscópio voltará à assistência técnica que recolocará a peça consertada em substituição à emprestada”, afirmou Boris Botler, diretor da Endoview. Outro diferencial é o design ergonômico do Ergon. “Nosso produto ajuda o médico a trabalhar numa posição descansada e eficiente, além de facilitar a limpeza e ser esteticamente arrojado”, comentou Pedro Carneiro, desenhista industrial. O Ergon será inicialmente oferecido em dois modelos: O Ergon G (ERG-NAD980) que é um videoendoscópio com duplo feixe de luz, tela cheia, CCD de 420 mil pixeis, comprimento de 1.040mm e canal de biópsia com 2,8mm e o Ergon C (ERG-NAL130) que é um videocolonoscópio com características idênticas ao modelo anterior exceto no comprimento de 1.680mm, no tubo de inserção e no canal de biópsia de 3,7mm. A unidade de imagem inicialmente disponível será o modelo ERP-500E com painel frontal em LCD e a fonte de luz ERP-E500 de 100w, que pode opcionalmente ser substituída por 180 ou 300w.Também fazem parte do sistema um monitor de uso médico e impressora especial para imagens fotográficas. A Endoview estará produzindo vinte sistemas por mês até dezembro de 2003. Atualmente aguarda os últimos tramites na Anvisa para iniciar a comercialização.
Fonte: http://www.endoview.com.br/index.html
http://www.hospitalar.com.br/noticias/not1181.html
http://agenciact.mct.gov.br/index.php?Action=/content/view&cod_objeto=21071
http://medalha.desenvolvimento.gov.br/arquivos/agraciados05.htm
Acesso em julho de 2005
