Dois estudantes de nível técnico criaram um carro que só dá a partida se o motorista passar pelo teste do bafômetro. Segundo os inventores, Diogo Nascimento, de 18 anos, e Rodrigo Barbosa, de 17, o Dispositivo Automotivo Contra o Alcoolismo no Trânsito (Dacat), instalado no painel do carro, não pode ser burlado. Se outra pessoa soprar no lugar de quem está dirigindo, a manobra será detectada por sensores, que bloqueiam o carro. O bafômetro fica à esquerda do volante e só tem a mangueira para fora. O sistema do Dacat é simplificado: a quantidade de álcool no sangue é mostrado por uma porcentagem. O limite máximo permitido pela legislação, de 6 decigramas de álcool por litro de sangue, equivale a 50%. Acima disso, o veículo não anda.
“Nem adianta pedir para o carona soprar e depois trocar de lugar. Há sensores no banco e na porta que detectam o movimento e travam o carro. Se a pessoa tentar violar o sistema, o motor não funciona”, disse Diogo, que, como Rodrigo, está no segundo ano de Eletrônica no Colégio de Aplicação Emanuel Leontsinis (Cael), zona oeste. Nem uma ligação direta é capaz de fazer o carro andar. O sistema, que poderia ser usado em qualquer automóvel, foi desenvolvido para reduzir o número de batidas de trânsito com pessoas alcoolizadas. “Já tive vários parentes que sofreram acidentes.”. O invento dos jovens (que ainda não dirigem) ganhou o primeiro prêmio na Expotec 2002, feira de escolas técnicas realizada no Rio, e está sendo apresentado esta semana na Mostratec, em Porto Alegre, que reúne trabalhos da América da Sul. Eles levaram 11 meses para concluir o trabalho. Uma transportadora de cargas já se mostrou interessada. Segundo o professor Geraldo Ricardo Bergamo Martins, que orientou dos alunos, o valor do Dacat é de R$ 1.000, mas cai para R$ 400 se produzido em escala industrial.
Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/11/07/cid028.html
acesso em janeiro de 2003
http://www.radiobras.gov.br/materia.phtml?materia=64933&editoria=NA
acesso em abril de 2003
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