Em algum momento dos últimos meses você deve ter visto o famoso Fidget Spinner em alguma das suas redes sociais, porém o que a maioria desconhece é que esse brinquedo não é nenhuma novidade e já existia desde 1993.
Nos anos a engenheira Catherine Hettinger, registrou nos EUA a patente de um certo “brinquedo girador” que possuía uma forma circular e que podia ser segurado pelas pontas dos dedos deixando as bordas livres para girar. Essa descrição te parece um pouco familiar? Pois bem, a ideia é exatamente a mesma dos fidget spinners que viraram a febre do momento, embora o formato seja ligeiramente diferente.
A patente de Catherine não empolgou o pessoal na época e acabou não sendo renovada, por não encontrar saída comercial. Porém a história não acaba ai. De acordo com a lei americana, uma patente registrada antes de 1995 (ano em que houve uma mudança na regra) tem validade de 20 anos a partir da data em que foi solicitada. A patente de Catherine, portanto de acordo com a nova lei, venceu em 2013.
Em seu depoimento ao site espanhol Hipertextual, ela conta que já tentou várias vezes vender seu projeto a fabricantes do setor, mas sem sucesso. Como ela não conseguiu viabilizar comercialmente, a engenheira desistiu da patente e não pagou por sua renovação, deste modo desde 2014 ela se encontra livre. Qualquer pessoa que quiser pode produzir sem problemas legais. Foi nesse momento que entrou a Hasbro, terceira maior fabricante de brinquedos do mundo e começou a produzir os Fidget Spinners.
Catherine contou que já havia apresentado o projeto à Hasbro, que não se interessou por ele na época. O que para ela havia morrido ali, para a empresa, entretanto, continuou vivo somente esperando o melhor momento. Porém a grande pergunta é: por que um brinquedo inventado em 1993, apresentado a tantas pessoas, só foi se popularizar agora?
A grande resposta é: a patente. Alguns acreditam que a Hasbro preferiu esperar o fim da patente para começar a produzir, de modo que ela não precisaria pagar nada à inventora, porém por não ser exatamente igual, o Fidget Spinner da Hasbro poderia ter sido patenteado há 20 anos que não infringiria a patente.
Mas o ponto chave para o sucesso do brinquedo não foi a patente, mas sim a apresentação do produto. Quando Catherine criou o projeto, a ideia era encontrar um modo de brincar com os filhos sem precisar se mover muito. Na prática isso não era muito atraente, afinal qual a graça de um brinquedo simples que só gira na ponta dos dedos?
Momento chave
Foi então que surgiu a oportunidade de marketing. Em um mundo caótico, em que as pessoas vivem agitadas e na correria, foco e concentração tornaram-se coisas preciosas e de grande procura. Assim o Fidget Spinner se tornou um instrumento poderoso e um produto promissor ao ser apresentado não mais como um simples brinquedo, mas como um dispositivo que ajuda crianças e adultos a tornarem-se mais focados e calmos.
Embora não exista uma comprovação científica do resultado através do uso terapêutico dos brinquedos, foi esse o argumento que o tornou viral, u seja, esse é mais um exemplo de que um produto não é o que ele faz, mas o que as pessoas veem nele.
Fonte: www.publicitarioscriativos.com
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