Equipamento foi projetado para impedir a inalação de fumaça e poeira em acidentes
Em 2013, o Brasil assistiu estarrecido ao incêndio da boate Kiss, em Santa Catarina, que matou mais de 240 pessoas – 235 delas morreram no mesmo dia, vítimas de afixia, provocada pela inalação da fumaça. Sensibilizado pelo caso, o engenheiro Daniel Benecdito, filiado à Associação Nacional dos Inventores (ANI), desenvolveu a “máscara umedecida de sobrevivência D&Daniels”, que visa evitar que as vítimas de acidentes se intoxiquem ao inalar os gases tóxicos da fumaça.
“Ao ver aquelas pessoas fugirem apressadamente, nada levando consigo, apenas tentando cobrir o rosto devido à fumaça e à poeira, tive uma inspiração tão real, quase que audível: uma ‘máscara umedecida’ salvaria muitas vidas”.
O inventor partiu da orientação do Corpo de Bombeiros que recomenda que, em acidentes com fumaça/ poeira, a vítima deve manter-se junto ao chão e utilizar um lenço ou toalha molhada sobre o nariz e a boca; além de deixar a fumaça escapar abrindo uma janela (ou quebrando o vidro, se ela for fixa). “Mas como achar toalha na hora do desespero? Usar a própria roupa do corpo? Onde achar água para molhar o tecido?”, questionou-se o inventor. Além disso, calculou Daniel, a pessoa deveria sair agachada e para isso as mãos devem permanecer livres para ajudar a apoiar-se ou remover obstáculos.
O protótipo da máscara umedecida de sobrevivência D&Daniels considerou todas essas preocupações em sua elaboração e prevê uma máscara descartável do tipo cirúrgica, confeccionada em TNT, com elástico para ser presa nas orelhas, contendo na face interna uma pequena toalha umedecida para cobrir a boca e o nariz, além de um clip formatável nasal para proporcionar o melhor ajuste ao rosto.
Daniel acredita que a máscara umedecida de sobrevivência D&Daniels tem potencial para ser integrada como equipamento de proteção individual obrigatório em áreas com concentração de pessoas (como shoppings, igrejas, etc.).
O inventor já obteve a patente da máscara e está em busca de investidores para dar início à produção seja por meio da venda e ou licenciamento da patente ou, ainda, por meio da formação de sociedade.
Sobre a ANI – A Associação Nacional dos Inventores foi criada para que as invenções brasileiras possam servir à sociedade e estimular os inventores a continuar dedicando-se à inovação. Todos os projetos acompanhados pela ANI possuem proteção legal, além de estudo de seu funcionamento. A associação também busca empresas, investidores e parceiros que queiram viabilizar os projetos e disponibilizá-los em larga escala no mercado.
Site: www.inventores.com.br