O motor autocinético recebe uma carga de partida e a partir daí funciona de forma autônoma
Um motor sustentável, que não utilize combustíveis fósseis ou de outra natureza parece um sonho possível apenas nas sagas de ficção científica. O médico cirurgião Demosthenes Cesar Staudinger, 88, filiado à Associação Nacional dos Inventores (ANI), desde menino era fascinado por motores e após mais de 60 anos de pesquisas finalmente conseguiu viabilizar o seu “motor autocinético”, que dispensa quaisquer combustíveis para rodar.
“Ainda criança, observando um pingo d’água, tive a ideia de utilizá-la em uma hélice para movimentar um motor. Mais tarde, lendo os livros de química do meu pai, tentei substituir o combustível utilizado na atualidade, a gasolina, por álcool e depois por éter. Contudo, vi que o custo seria alto. Passei toda a vida adulta testando vários motores de diversos tipos quando, finalmente, após 66 anos de pesquisa cheguei ao protótipo do meu ‘motor autocinético’”, conta Demosthenes.
A partida do motor autocinético é impulsionada por motor auxiliar que pode ser elétrico, de corrente contínua ou alternada. O motor auxiliar, de partida, é de uso contínuo, ou seja, depois de atingida a velocidade calculada, automaticamente é desconectada a energia de partida e ele passa a usar a própria energia gerada. “Por exemplo, o motor calculado para 100 cv, quando atingir essa velocidade, conecta o próprio gerador do motor. Este motor auxiliar, dependendo da potência que se quer atingir, consome energia que nunca excede os 3 cv. O sistema de rotação independente, ou motor auxiliar, determina e mantém a velocidade do motor principal que, por sua vez, gera a potência de acordo com a necessidade.
Segundo Demosthenes, o motor autocinético foi “projetado para substituir os motores automotivos atuais e vem atender à indústria automobilística, mas também pode vir a substituir todo e qualquer tipo de motor para gerar energia, ou seja, indústrias diversas. Poderá vir a substituir todo sistema de produção de energia tais como hidrelétricas, termoelétricas e nucleares”.
O inventor já registrou a patente do “motor autocinético” junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e está em busca de investidores para dar início às fases de produção e comercialização, seja por meio de venda ou licenciamento da patente, ou formação de sociedade.
Sobre a ANI – A Associação Nacional dos Inventores foi criada para que as invenções brasileiras possam servir à sociedade e estimular os inventores a continuar dedicando-se à inovação. Todos os projetos acompanhados pela ANI possuem proteção legal, além de estudo de seu funcionamento. A associação também busca empresas, investidores e parceiros que queiram viabilizar os projetos e disponibilizá-los em larga escala no mercado.