Transportadora Automática de Correspondência

Esta máquina surgiu devido à necessidade da ECT – Empresa de Correios e Telégrafos modernizar suas instalações nos centros de triagem automática de todo o brasil. naquele momento estavam usando máquinas de fabricação italiana que apresentavam sérios problemas de manutenção pois sua automatização é totalmente eletrônica. devido aos tempos efetivos dos movimentos na automatização, da ordem de décimos de segundos, qualquer variação da temperatura local produzia tempos diferentes ocorrendo então descontrole das peças metálicas envolvidas, com choques entre elas e consequente quebra de órgãos da máquina. Joaquim Osório desenvolveu uma máquina de automatização totalmente mecânica, instalando 20 (vinte) unidades destas máquinas nos centros de triagem de: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo – capital (05 unidades), São Paulo interior (05 unidades), Rio de Janeiro – capital (04 unidades), Belo Horizonte, Brasilia, salvador e Recife.

A patente PI9204999 refere a máquina transportadora automática de correspondência caracterizada pelso mecanismos determinantes dos movimentos do garfo de arraste (31) e da ponte móvel (4), isto é tdo o sistema de transferência e seus mecanismos e sistema de acionamento. As máquinas, que são a essência da automatização nos centros de triagem, estão até a presente data, em perfeito funcionamento, desde 1993. A empresa de propriedade de Joaquim Osório na época, Inbra Industrial Brasilia ltda. que fabricou a máquinas, teve de tomar dinheiro emprestado ao Banco do Brasil. Isto ocasionou, no final, um grande prejuízo e o término da empresa. A máquina foi totalmente desenvolvida em Brasilia. Segundo o inventor “O pessoal técnico da ECT, da diretoria regional de Brasilia, acompanhou todo o desenvolvimento e fabricação de protótipo e se deram por satisfeitos, tanto é que, somente depois da comprovação de sua eficiência é que nos fizeram o pedido oficial (antes havíamos ganho a concorrência na qual só participaram nós e empresas da alemanha apesar de a ECT haver publicado editais em todo o brasil). 

Quando enviamos as máquinas para São Paulo, no entanto, começaram os problemas. a equipe técnica de são paulo simplesmente não acreditou que tal máquina poudesse ser inventada e fabricada em Brasilia. Naquela época havia uma grande independência entre as equipes técnicas das diversas diretorias regionais da ECT. No inicio nem permitiram que a primeira máquina fosse descarragada do caminhão que a levava. Foi preciso muita conversa e telefonemas entre São Paulo e Brasilia para que a máquina fosse ao menos descarregada. Como resultado fizeram diversas exigências para modificações que pensavam ser essenciais e que nós sabíamos serem descabidas. Tivemos que ceder em detalhes secundários e fazer modificações sem nenhum sentido para que a máquina fôsse aceita. Este processo atrasou em demasia a entrega da máquinas. Quando esperávamos entregar a encomenda no máximo em 6 meses, levamos no entanto mais de um ano. O dinheiro emprestado pelo Banco do Brasil nos cobrava juros sôbre juros, numa correção monetária maior da história do brasil, quando chegou a 90 % ao mês. Na verdade a ECT nos pagava correção monetária na base do ipc mas que não chegava nem aos pés dos juros e correçao monetária cobrados pelo Banco do Brasil. Resultado : o que era para ser um excelente negócio virou a falência completa da empresa e o fim da fabricação das máquinas”

. Fonte: Agradeço ao INPI/FINEP pelo envio de informações em julho de 2008 para composição desta página 
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