Batizado como Estação Hack, o espaço dará cursos gratuitos de programação e acelerará startups nacionais.
Facebook está apostando alto nos talentos brasileiros. Na manhã desta segunda-feira (11/12), a empresa de Mark Zuckerberg inaugurou em São Paulo o seu primeiro centro para inovação do mundo, batizado de Estação Hack. Sim, é um daqueles ambientes descolados que são a marca do Vale do Silício: luzes de neon azul, sofás confortáveis e um teto com toque de arquitetura industrial. Mas aqui, o objetivo maior é o impacto social positivo. Localizado na Avenida Paulista, em uma área exclusiva dentro do WeWork, o espaço contará com cursos gratuitos de programação, além de uma aceleradora para startups nacionais.
A iniciativa atuará em três frentes: os cursos de programação, cursos para empreendedores e a aceleração de startups. Ao todo, serão 7.400 bolsas para jovens brasileiros. Desse número, 3.000 são voltadas específicamente para pequenos empreendedores. “Numa economia cada vez mais digital, ter acesso às ferramentas digitais pode ser decisivo para essas empresas”, disse Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook para América Latina, durante a inauguração.
Já para a primeira etapa de aceleração de startups, foram selecionadas 10 empresas de impacto social, a partir de mais de 760 inscritas. A intenção é apoiar iniciativas que aliem tecnologia e uso de dados para o desenvolvimento de comunidades. Elas são divididas em cinco áreas: empregabilidade, serviços financeiros, educação, microempreendedorismo e engajamento cívico (conheça cada uma delas abaixo).
“O nosso objetivo aqui na Estação Hack é ajudar na preparação de milhares de jovens para as profissões do futuro”, afirmou Dzodan. “Queremos retribuir o Brasil, que abraçou o Facebook. Essa iniciativa é nossa maneira de apoiar o ambiente de inovação.”
Aline Cardoso, secretária municipal de Trabalho e Empreendedorismo, parabenizou a empresa e agradeceu a escolha de São Paulo, frisando a “riqueza do ecossistema” da cidade. Ela destacou a importância da Estação Hack em dar oportunidades para jovens em regiões periféricas da cidade. “Talento não tem classe social e não tem bairro de preferência — esses talentos não podem se perder”, afirmou.
O projeto já havia sido anunciado em agosto. Tal movimento de abertura de espaços voltados à inovação por grandes empresas tem crescido em São Paulo. O centro empreendedorismo e tecnologia Cubo, do Itaú Unibanco, completou dois anos em 2017 e anunciou sua mudança para uma sede que poderá abrigar até 210 startups e 1.200 residentes. O Bradesco, por sua vez, também prepara seu próprio espaço de coworking: o Habitat, no bairro da Bela Vista.
Conheça as 10 primeiras startups a serem aceleradas na Estação Hack:
1. Banco Maré: oferece serviços bancários para regiões de difícil acesso.
2. Diaspora.Black: plataforma de hospedagem focada em viajantes e anfitriões interessados em promover a cultura negra.
3. Kunla: plataforma permite que mãos trabalhem de forma autônoma como retrutadoras para empresas.
4. Muove: identifica ineficiências em finanças municipais e indica ações de melhoria a gestores públicos.
5. Pluvi.On: alerta populações sobre evento climáticos extremos, como enchentes e deslizamentos.
6. Redação Online: solução que viabiliza correções de redações preparatórias para o vestibular.
7. Simbiose Social: otimiza a gestão de recursos das Leis de Incentivo e permite buscar projetos.
8. SmartSíndico: app ajuda síndicos e moradores de condomínios a fazer administração do local.
9. TAQE: jogo prepara profissionais para o mercado de trabalho de forma lúdica.
10. Youtrendz: marketplace para exposição de produtos de pequenos empreendedores gratuitamente.
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